Profissionais da Força Nacional do SUS atenderam mais de 500 famílias em 5 dias, oferecendo atendimento psicossocial, suporte emocional e estabilização mental para o núcleo de saúde mental.
A Força Nacional do SUS (FN-SUS) acolheu brasileiros e seus familiares repatriados do Líbano, oferecendo cuidados de saúde física e mental de alto padrão.
Os 13 profissionais da Força Nacional trabalharam arduamente para atender às necessidades de saúde dos repatriados, garantindo cuidados de saúde de qualidade, além de promover o bem-estar mental em um momento difícil. Além disso, os profissionais também se concentraram em cuidados emocionais, procurando ajudar os repatriados a lidar com o estresse e a ansiedade causados pela situação.
Atendimento Humanizado e Suporte à Saúde Mental
A equipe da Força Nacional do SUS, em parceria com a Força Aérea Brasileira, o município de Guarulhos, demais ministérios e entidades, trabalhou arduamente para garantir um retorno seguro e confortável de todos os brasileiros repatriados do país árabe. Em cinco dias de missão, entre domingo (6) e quinta-feira (10), foram realizados 648 atendimentos, oferecendo suporte e assistência para garantir uma transição suave para a vida no Brasil. Dessas atividades, 522 envolveram suporte psicossocial e saúde mental, mostrando a importância da saúde, bem-estar, cuidados no processo de reintegração social.
A Força Nacional do SUS representa o Sistema Único de Saúde na sua integralidade, working em conjunto com todas as partes envolvidas para garantir que todos os repatriados recebam o suporte necessário. O coordenador da missão, Renato Santos, enfermeiro, destacou a importância da universalidade como princípio na ação da Força Nacional. ‘Isso é ter a universalidade como princípio’, enfatizando o termo principal ‘Saúde’.
Núcleo de Saúde Mental e Atenção Psicossocial
Para realizar diagnósticos clínicos e estabilização emocional em resposta à situação de guerra, a FN-SUS dispôs de uma equipe especializada, com profissionais de saúde mental e atenção psicossocial. A especialista em psicologia, Débora Noal, destacou a importância do atendimento humanizado e do cuidado da Força Nacional em refletir a cultura e os costumes libaneses, o que fez toda a diferença na estabilização emocional dos repatriados. ‘Uma pessoa que está em choque, em crise de ansiedade ou transtorno transitório, consegue usar apenas a língua materna para se expressar e dizer o que está sentindo. Ter pessoas que falam árabe, francês, inglês e português na equipe, ajudou na estabilização emocional sem haver constrangimento’, explicou a psicóloga.
A equipe foi dividida em três eixos: a de recepção em solo para identificação de pessoas que precisavam de ajuda médica; a equipe de primeira escuta que, ao identificar a necessidade de um atendimento mais específico, encaminharam as pessoas para uma sala reservada, com menos movimentação, para facilitar a estabilização e identificação do elemento disparador da crise; e a que prestou os demais atendimentos individuais, em grupos familiares e crianças nas tendas montadas na Base Aérea de Guarulhos (SP). Para as crianças, outros dispositivos de estabilização emocional foram utilizados, como livros, brinquedos e desenhos para colorir.
Estabilização Emocional e Suporte Psicossocial
Segundo Débora, ela presenciou um caso em que todas as crianças da mesma família escolheram pintar o desenho de casa. ‘Elas queriam levar o desenho da casa junto com elas. Fui perguntar à mãe sobre a história deles e ela me contou que a família tinha achado uma casa nova para alugar e que, cada filho, teria seu próprio quarto. Uma semana depois, a casa foi bombardeada e não restou nada’, relata Débora. ‘O desenho da casa e o fato de querer levar com eles significa que, de alguma forma, o sonho de ter uma casa e o próprio quarto seguirão com eles’, conta.
Para a psicóloga, cuidar dos repatriados, por meio da Força Nacional do SUS, foi um privilégio. ‘Sentir o sorriso, o conforto, a confiança das mães em deixar que cuidemos de seus filhos, transmitir essa segurança e confiança por meio da nossa farda azul, é recompensador’, orgulha-se.
A humanização é fundamental no trabalho dos profissionais da Força, começando há duas semanas atrás, com a chegada dos primeiros voos oriundos do país árabe. A Força Nacional do SUS, em parceria com a Força Aérea Brasileira, o município de Guarulhos, demais ministérios e entidades, trabalhou arduamente para garantir um retorno seguro e confortável de todos os brasileiros repatriados.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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