No mundo tecnológico em que respeito e diálogo são essenciais, as decisões sustentáveis surgem do planejamento cuidadoso.
Claro que, para nós, a solução para o dilema que dá nome a este texto é clara: nenhum dos dois! Sim, pois acreditamos que a tecnologia é fundamental para impulsionar a inovação e o progresso em todas as áreas da nossa vida cotidiana.
No entanto, é crucial lembrar que, ao mesmo tempo em que abraçamos os avanços tecnológicos, também devemos considerar as implicações éticas da Inteligência Artificial em nossa sociedade. Acreditamos que o equilíbrio entre o uso da tecnologia e a reflexão sobre suas consequências é essencial para garantir um futuro sustentável e inclusivo para todos.
Tecnologia e Sustentabilidade: O Equilíbrio Necessário
Mas, seja em Sustentabilidade ou na Reputação Corporativa, áreas em que nos especializamos, ou em qualquer segmento, na verdade, o ser humano, o pensamento, o sentimento, o conhecimento, a ciência, as relações, o respeito, o diálogo, a escuta, o planejamento e a decisão são quem dão e devem dar o tom. E nossa tese é simples: só é possível haver planeta, sociedades, pessoas e empresas sustentáveis e com boa reputação ao longo do tempo se houver justamente tudo isso que citamos no parágrafo anterior. Sem dúvida, todas e todos inerentes à existência humana.
Mas, também sem nenhuma sombra de dúvida, tecnologia, Inteligência Artificial etc., são instrumentos e ferramentas extremamente importantes a serem usados pelo ser humano como meio para que a tese acima seja bem-sucedida. Quando defendemos o equilíbrio entre TECH e TOUCH, estamos falando fundamentalmente de valores e sanidade mental. Sim, a orquestra regida pelo ser humano só é sustentável se houver honestidade, transparência e, principalmente, pessoas sãs e focadas no bem, nunca no mal.
Podemos contextualizar melhor essa nossa inquietação com base no ‘Relatório de Riscos Globais 2024’, do Fórum Econômico Mundial, que elencou as 10 principais ameaças para os negócios nos próximos dois e dez anos. O estudo aborda cinco categorias de riscos: econômicos, ambientais, geopolíticos, sociais e tecnológicos. Dentre os dez mais relevantes no curto prazo, ‘Desinformação’ ficou em primeiro lugar. Veja, aqui se trata da atuação humana, através da tecnologia (internet, redes sociais, Inteligência Artificial etc.), que dissemina a informação falsa, as fake news, que desinforma, induz ao erro e tem o propósito de confundir. Extremamente preocupante!
Realmente, é difícil a solução para tal dilema… Mas, aqui também, entendemos que qualquer solução só virá do diálogo, escuta e alinhamento entre países, sociedades, autoridades, cidadãs e cidadãos. Juntos, podemos e devemos estabelecer diretrizes e limites para a ação das pessoas na seara tecnológica; logicamente, embasados no específico ambiente que ancora a internet, as redes sociais, a Inteligência Artificial etc.
Em 29 de junho, o Brazil Journal divulgou uma rica entrevista do jornalista David Cohen com o psicólogo Daniel Goleman, intitulada ‘QI ajuda no começo. Mas nos níveis mais altos, o ‘QE vale mais’’. Muito instigantes a abordagem e o comparativo entre o Quociente de Inteligência (QI) e o Quociente Emocional (QE) que Goleman elabora na entrevista: ‘O QI tende a ser mais ou menos fixo ao longo da vida, enquanto a inteligência emocional é mutável. Ela pode ser aprendida e aprimorada em qualquer ponto da vida’. Vale lembrar que faz apenas três décadas que Daniel Goleman lançou a ideia de que sentimentos contam, no seu livro ‘Inteligência Emocional’, que marcou época e abriu um novo campo de pensamento em relação às emoções como variáveis fundamentais para o sucesso. Se elas assim foram definidas quando nem falávamos de inteligência emocional, quiçá hoje, quando a tecnologia e a Inteligência Artificial estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano, o respeito, o diálogo, o planejamento e a decisão se tornam ainda mais cruciais para garantir um futuro sustentável e equilibrado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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