Um crime no Terminal 2, área doméstica, envolveu munição de fuzil e colete à prova de balas. Vasco Camilo de Teixeira, integrante da Polícia Militar, compareceu ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana.
Uma tragédia atingiu o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, cujo corpo foi encontrado com marcas de tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. A ação ocorreu no Terminal 2.
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach era um delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Seu trabalho como delator era um desafio constante, pois entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator. A delação premiada é uma estratégia importante para a execução de mandados de prisão, e Antonio Vinicius estava em uma posição delicada, enfrentando riscos constantes. O comando da capital do PCC é uma organização criminosa bem estruturada e, portanto, um desafio para as autoridades. O empresário trabalhava como delator, e o dinheiro sujo da organização estava sendo investigado, mas a execução do plano foi interrompida pela morte do delator.
Execução de Delator no Aeroporto
Uma dupla, armada com fuzis de alta potência, realizou pelo menos 27 disparos, de acordo com a perícia. O delator, Gritzbach, foi atingido em várias partes do corpo, incluindo cabeça, tórax e braços. Dois motoristas de aplicativo e uma passageira, que estava desembarcando de outro voo, foram baleados, mas a informação até o início da noite era de que o quadro de saúde dessas vítimas era estável. Pelo menos um dos motoristas estava dentro do aeroporto quando foi atingido. Após a execução, a polícia localizou em Guarulhos o Volkswagen Gol Preto usado no crime. A investigação foi atribuída ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana.
Delator que Foi Morto Era Corretor de Imóveis
O delator, ex-diretor da Porte Engenharia e Urbanismo, uma das maiores construtoras da cidade, fechou acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril. As negociações com o Ministério Público Estadual duravam dois anos e ele já havia prestado seis depoimentos. O delator também mencionou a existência de um cofre de dinheiro no local de seu trabalho.
Fuzis e Munição de Fuzil
A polícia encontrou, dentro do carro, um colete à prova de balas e munição de fuzil. O carro está sendo periciado em busca de impressões digitais e outras provas que possam levar à identificação dos atiradores. De acordo com a polícia, o delator voltava de viagem com a namorada quando foi atacado a tiros – não há informações sobre se ela está ferida.
Negócios e Delação Premiada
O empresário também deu informações sobre os assassinatos de líderes da facção, como Cara Preta e Django. Segundo o Estadão apurou, ele também mencionou corrupção policial e suspeita de pagamento de propina na investigação da morte de Cara Preta. O delator falou sobre envolvimento do PCC, a maior organização criminosa do País, com o futebol e o mercado imobiliário.
Investigação e Proteção à Pessoa
A investigação ficará a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com o advogado Ivelson Salotto, os três seguranças que aguardavam o casal no aeroporto seriam policiais militares de ‘extrema confiança’ que faziam bico de seguranças para o delator. ‘Eu havia sido contra a delação porque eu sabia que não ia terminar bem’, disse Salotto. ‘Ele denunciou policiais corruptos e bandidos. Quem poderia matá-lo?’
Fonte: © Notícias ao Minuto
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