Trabalhador humilhado em reuniões, rezando ajoelhado como castigo por chefes. Depósito de agressões verbais, dispensado sem tratamento justo. Testemunha de insípidos pedágogicos, sofreria medidas severas.
Via @portalmigalhas | Trabalhador desrespeitado pela chefia e obrigado a fazer orações ajoelhado ao término das reuniões de trabalho será compensado com R$ 5 mil pela empresa anterior.
O funcionário, que atuava na indústria de bebidas, teve sua dignidade violada e agora, devido à ação judicial, será indenizado pela empresa que o submeteu a tal situação constrangedora.
Decisão do juiz do Trabalho Marco Antônio Ribeiro Muniz Rodrigues
O juiz do Trabalho Marco Antônio Ribeiro Muniz Rodrigues, da 10ª vara de Belo Horizonte/MG, tomou uma decisão relevante em um caso envolvendo uma empresa do ramo de bebidas. A questão central girava em torno do tratamento dispensado a um trabalhador, que alegou ter sido vítima de agressões verbais e obrigado a participar de orações ajoelhado no final das reuniões de serviço.
Durante o processo, uma testemunha corroborou a versão do ex-empregado, relatando que o supervisor da empresa costumava ofender os funcionários com termos pejorativos, criando um ambiente de trabalho hostil. As reuniões semanais eram marcadas por xingamentos e humilhações, o que gerou um clima de desconforto e constrangimento entre os empregados.
Por outro lado, a empregadora argumentou que o tratamento dado ao profissional estava dentro dos padrões de normalidade, negando a necessidade de indenização. No entanto, a testemunha da empresa não fazia parte da equipe do supervisor em questão, o que levantou dúvidas sobre a sua capacidade de testemunhar os acontecimentos das reuniões de forma imparcial.
Diante desse cenário, o juiz considerou o depoimento da testemunha que estava diretamente envolvida com o gestor como mais relevante. As agressões verbais e a imposição das orações foram fatores determinantes para a decisão final, que resultou na condenação da empresa ao pagamento de R$ 5 mil por danos morais.
Essa medida teve um caráter pedagógico, visando desencorajar práticas semelhantes no futuro e proteger os direitos dos trabalhadores. A empresa foi responsabilizada pela conduta inadequada de seus representantes, reforçando a importância de um ambiente de trabalho respeitoso e livre de abusos.
Fonte: © Direto News
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