Presidente venezuelano vê nervosismo em Washington e na direita regional sobre eleições de 28/07, enquanto maior bloco opositor enfrenta desqualificação pela Controladoria.
O líder da nação sul-americana, Venezuela, Nicolás Maduro, criticou duramente a postura de alguns governos em relação à exclusão de Corina Yoris das eleições de 28 de julho, chamando a situação de ‘circo’ nesta segunda-feira (1º).
O presidente do Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou sua posição em relação à exclusão de Corina Yoris das eleições, destacando a importância da soberania nacional.
Preocupações em relação à Venezuela
‘Começou o espetáculo, começou a propaganda, há nervosismo em Washington, há nervosismo entre os membros da elite, há nervosismo na direita da região, precisam se acalmar’, declarou o presidente durante um de seus programas semanais na televisão.
‘A Venezuela é reconhecida pelo seu sistema eleitoral altamente confiável, transparente e sujeito a auditorias, e o desfecho das eleições já está determinado nos planos superiores, então parem com as campanhas’, acrescentou Maduro. Ele também acusou os Estados Unidos de alimentarem uma ‘campanha’ contra o sistema eleitoral venezuelano.
O Departamento de Estado dos EUA e outros países, como Argentina, Colômbia e Brasil, expressaram críticas à exclusão de Yoris. Ela havia sido indicada por María Corina Machado, líder liberal, para assumir sua candidatura nas eleições após ser desqualificada pela Controladoria, alinhada com o governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como ‘grave’ a exclusão de Yoris, durante uma entrevista coletiva ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, também alinhado ao governo, acusou Washington de tentar ‘desacreditar’ as eleições presidenciais, refutando as ‘falsas acusações’.
Saída de Yoris da corrida eleitoral
Machado, vencedora das primárias da oposição realizadas em outubro passado, instou no sábado (30) a comunidade internacional a pressionar pela candidatura de Yoris, uma filósofa de 80 anos que não conseguiu se registrar. Em seu lugar, o ex-embaixador Edmundo González Urrutia foi inscrito ‘provisoriamente’, devido à incapacidade de Yoris acessar o sistema automatizado do CNE por razões não especificadas. Durante o período de inscrições, encerrado à meia-noite de 25 de março, 13 candidatos se inscreveram, porém nove foram rejeitados pela oposição tradicional por serem considerados ‘colaboradores’ do governo.
Além disso, Manuel Rosales, antigo rival de Hugo Chávez e governador do estado petrolífero de Zulia, também se candidatou.
Vídeos em destaque: g1
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo