Veículos subaquáticos tripulados utilizam tecnologia eletrônica precisa e sensores compactos para coletar dados e proteger infraestruturas, reforçando a inteligência militar e a frota naval chinesa com cabos e submarinos.
As tecnologias avançadas e os avanços nos sistemas de vigilância e segurança marítima estão revolucionando a forma como as forças armadas e órgãos de fiscalização lidam com conflitos. O uso de veículos subaquáticos, drones e UUVs (Unmanned Underwater Vehicles) está se tornando cada vez mais comum, permitindo uma maior eficácia e alcance em operações que envolvem vigilância, busca e resgate, bem como em missões de combate.
Entre os principais benefícios do uso dessas tecnologias subaquáticas está a sua capacidade de operar em ambientes hostis ou inacessíveis, reduzindo assim o risco para os tripulantes de veículos convencionais. Além disso, os conflitos na água podem ser mais complexos e difíceis de resolver do que os que ocorrem em áreas terrestres ou em navios aéreos, tornando essas tecnologias ainda mais valiosas para equipes de resgate, operações de inteligência e desarmamento de minas.
Conflitos submarinos: o auge dos veículos subaquáticos não tripulados
Empresas de defesa e forças militares globais estão investindo maciçamente em veículos subaquáticos não tripulados (UUVs), em busca de revolucionar operações estratégicas. Esses drones submersíveis operam a grandes profundidades e com autonomia de dias, prometendo transformar a coleta de inteligência, a proteção de infraestruturas submarinas e o combate naval, com destaque para o cenário do Pacífico. No entanto, o alto custo dessas tecnologias é um desafio importante.
O poder dos UUVs em conflitos submarinos
A pesquisadora sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), Cynthia Cook, destaca o momento oportuno para essa tecnologia. No entanto, os altos valores se justificam porque o desenvolvimento subaquático enfrenta desafios como a comunicação em profundidade e as condições adversas do ambiente marinho. Embora UUVs já sejam usados em aplicações civis e militares de menor escala, o foco atual reside em embarcações maiores e mais autônomas – o que também acentua os investimentos.
Conflitos e UUVs: uma parceria militar
Alguns desses drones chamam a atenção, como o Orca, da Boeing (que pretende entregar cinco unidades do veículo à Marinha dos EUA até o final do ano que vem). Ele tem 26 metros com alcance de quase 12 mil quilômetros. Já o Manta Ray, com design inspirado nas raias, desenvolvido pela Northrop Grumman, vem sendo analisado pela Defesa norte-americana. Na reportagem do WSJ, a almirante Lisa Franchetti ressaltou a prioridade dos norte-americanos em sistemas robóticos e autônomos, visando possíveis confrontos com a China.
Conflitos e UUVs: a expansão global
Outros países também avançam na área. A Austrália desenvolve o Ghost Shark com a startup Anduril, o Reino Unido testa o Herne, da BAE Systems. França, Coreia do Sul, Alemanha e Ucrânia também investem em UUVs. Avanços tecnológicos impulsionam essa nova geração de drones: baterias mais duráveis, sensores precisos e eletrônicos compactos ampliam a autonomia e as capacidades. Esse progresso coincide com o crescimento da frota naval chinesa e a crescente preocupação com a segurança de cabos submarinos, levando a OTAN a realizar exercícios de proteção com UUVs.
Tecnologia militar com grande potencial
O Herne, da BAE, exemplifica o potencial da tecnologia. Ele é considerado um ‘Veículo Subaquático Autônomo Extragrande (XLAUV)’ e está sendo desenvolvido como uma adaptação de um drone industrial, coletando e analisando dados de inteligência, identificando embarcações e navegando com sensores e mapas. Testes demonstraram sua eficiência na identificação de navios em missões autônomas. O uso de drones para vigilância reduz a necessidade de arriscar submarinos tripulados e permite operações em águas rasas. O Herne possui autonomia de até três dias, com planos para estender para 45 dias.
Fonte: @Olhar Digital
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