Polícia suspeita que os gestores dos hotéis do PCC direcionavam o fluxo conforme seus negócios. Eles usavam locais para lavagem de dinheiro e vendas de drogas.
LORENA BARROS E LUANA TAKAHASHISÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Suspeitos de lavagem de dinheiro do PCC com pousadas na área da ‘cracolândia’ coordenavam suas operações em conjunto com os dependentes químicos na capital. A revelação foi feita pela Polícia Civil de São Paulo. As autoridades acreditam que os gerentes dos ‘hotéis do PCC’ controlavam o movimento de acordo com suas atividades.
Primeiro, Comando da Capital, o grupo criminoso conhecido como PCC é alvo de investigações constantes pelas autoridades. A presença do PCC na região da ‘cracolândia’ tem levantado preocupações sobre a segurança pública. A polícia está intensificando as ações para desmantelar as operações ilegais ligadas ao PCC.
Operação contra o PCC desmantela esquema de lavagem de dinheiro e produção de drogas
Durante a Operação Downtown, que teve como alvo o Primeiro Comando da Capital (PCC), foram descobertos diversos locais utilizados para armazenar drogas e realizar vendas diretas aos consumidores. O delegado Carlos César Castiglioni, da Dise, destacou que esses espaços também eram empregados para atividades de lavagem de dinheiro, conforme apontado pelas investigações.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, revelou que as operações fictícias realizadas visavam dar uma aparência de licitude às transações ilícitas. Essas ações acabaram por asfixiar o sistema financeiro do crime organizado, resultando na suspensão das atividades econômicas de 28 hotéis envolvidos no esquema.
Além disso, a Justiça autorizou o bloqueio de 26 contas pertencentes a pessoas físicas e jurídicas ligadas ao PCC. Durante as prisões realizadas, dez indivíduos foram detidos na capital paulista e outros dois em São Lourenço da Serra (SP). Um laboratório de produção de drogas na região metropolitana também foi descoberto, levantando a suspeita sobre a fabricação de Skunk ou maconha Dry no local.
Ao todo, duas armas, drogas e trinta celulares foram apreendidos, incluindo dois procurados pela justiça. O secretário Derrite ressaltou que os recursos provenientes dessas atividades ilícitas eram direcionados para empresas que serviam como destinatárias finais dos membros do PCC, evidenciando uma rede colaborativa dentro do crime organizado. A terceira fase da Operação Downtown está programada para esta quinta-feira, com o cumprimento de 140 mandados de busca e apreensão.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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