O republicano Donald Trump, candidato à Presidencial, anunciou propostas que podem aumentar a dívida pública dos EUA em US$ 7,75 trilhões durante seu mandato.
Com a vitória de Donald Trump em 2016, a eleição presidencial dos Estados Unidos colocou em questão a dívida pública acumulada pelo país ao longo dos anos. A dívida pública americana, que em 2016 atingia o valor de 19,5 trilhões de dólares, gerava preocupações sobre a capacidade do país de honrar os compromissos financeiros. O agravamento da dívida pública era um dos principais desafios que o presidente Trump havia de enfrentar no seu mandato.
Desde o início da sua administração, Trump enfrentou críticas de que sua política de endividamento e dívida pública era incompatível com suas promessas de redução do gasto público e da dívida. No entanto, Trump argumentava que suas políticas de diminuição de impostos ajudariam a estimular o crescimento econômico, que por sua vez aumentaria a arrecadação de impostos e reduziria a dívida pública. A questão da dívida pública se tornou um tópico de grande importância na política americana, com muitos analistas questionando a viabilidade das políticas de Trump de redução da dívida.
O Desafio de Trump: Contendo a Dívida Pública dos EUA
Após a vitória de Trump, o mercado financeiro inicialmente reagiu com euforia, com ações subindo no pre-pregão e o dólar se valorizando. No entanto, o desafio real está à frente: conter o crescimento da dívida pública dos EUA, que atinge US$ 34 trilhões, a maior do planeta. Essa dívida, que equivale a 99% do Produto Interno Bruto (PIB) americano, representa mais do que o dobro da dívida da China, com US$ 13,8 trilhões.
A dívida pública dos EUA cresceu sem controle nos últimos anos, e a pandemia apenas agravou a situação, com o governo americano liberando um auxílio assistencial de US$ 1,7 trilhão. Antes do início da campanha presidencial, o Gabinete de Orçamento do Congresso estimou que a dívida pública dos EUA subirá 64% nos próximos dez anos, alcançando US$ 56,9 trilhões.
O tema da dívida pública não foi sequer abordado pelos candidatos durante a campanha, e ambos fizeram promessas que aumentarão ainda mais o endividamento. Trump e Harris anunciaram apoio aos impulsionadores dos gastos, como a Previdência Social e o Medicare, e também prometeram estender cortes de impostos que expiram no fim de 2025.
Com Trump na Casa Branca, o endividamento americano tende a crescer ainda mais. O novo presidente deve adicionar US$ 7,75 trilhões à dívida pública nos próximos dez anos, caso seus planos fiscais sejam implementados. Durante seu primeiro mandato, Trump já havia acrescentado US$ 8,4 trilhões à dívida ao longo de uma janela de 10 anos.
‘Nenhum presidente dos EUA na história, republicano ou democrata, recebe uma estrela dourada ou um Prêmio Nobel por controlar os gastos, os déficits e nossa dívida’, afirma o deputado republicano Jodey Arrington, do Texas, presidente do Comitê de Orçamento da Câmara.
Essa escalada da dívida preocupa economistas e agentes do mercado, que temem o impacto no médio prazo na economia americana, incluído aumento da inflação e das taxas de juros, que poderiam restringir o crescimento econômico. Larry Fink, cofundador da gestora de ativos BlackRock, com US$ 11,5 trilhões sob gestão, publicou um artigo no The Wall Street Journal, no qual chama a dívida pública de ‘calcanhar de Aquiles’ de uma economia dos EUA forte.
‘Disciplina fiscal é importante, mas qualquer caminho realista para o país deixará a dívida pública em um patamar ainda mais alto.’
Com a dívida pública dos EUA em seu auge, Trump terá que lidar com o problema de forma eficaz para evitar um colapso econômico. O desafio está à frente, e a resposta do presidente será observada de perto por economistas e agentes do mercado.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo