Filme com Sebastian Stan e Jeremy Strong revela o lado obscuro de Trump, com trocas de favores e luta de classes em um arranha-céu de luxuoso, onde o padrão é seguir o caminho de Richard Nixon.
Um dos mais polêmicos magnatas da história, Donald Trump, teve um começo de vida marcado por uma relação conturbada com seu advogado Roy Cohn, como retratado em ‘O Aprendiz’, um filme que desmistifica a ideia do ‘self-made’ e traz à tona as ligações políticas e sociais que mantêm alguém como Trump no poder. Roy Cohn, interpretado por Jeremy Strong, e Donald Trump, interpretado por Sebastian Stan, revelam em ‘O Aprendiz’ a complexidade da relação entre o poder e a influência política.
Em ‘O Aprendiz’, o vil papel de Roy Cohn no nascimento da carreira de Donald Trump é exponencalmente destacado como uma forma de entender a amplitude do poder desse magnata. Na medida em que o filme apresenta as trocas de favores que mantêm alguém como Donald Trump no poder, é possível visualizar a jornada de um homem que, apesar de ser considerado travesso em muitos momentos, possui um papel importante no cenário político dos EUA. O filme retrata a complexidade da relação entre o poder e a influência política, mostrando a luta de classes que inevitavelmente permeia as relações entre os magnatas e a sociedade como um todo.
Um Retrato Imperfeito de Donald Trump
Aos poucos, a figura de Donald Trump emerge da escuridão, sua aparência cada vez mais definida e assustadora. Essa metamorfose não é um incidente. A obra em questão explora a criação de Donald Trump enquanto personalidade política e midiática, refletindo na própria dinâmica do reality show apresentado pelo magnata. No entanto, aqui, a dinâmica é invertida, com Roy Cohn, um homem vil e temido, estabelecendo o ritmo do jogo.
A Amizade entre Cohn e Trump
A amizade entre Cohn e Trump começa em um clube exclusivo. Donald, com seu estilo travesso, consegue conquistar a confiança de seu mentor, que o vê como um potencial candidato a se tornar alguém de destaque. Cohn, então, dedica-se a ensinar suas habilidades ao jovem, incluindo as supostas ‘três regras’ para alcançar o sucesso. É diante desta relação que o filme explora a simbiose entre Trump e Cohn, destacando a construção do sistema capitalista e as ‘trocas de favores’ que mantêm a luta de classes.
Uma Lente de Aumento sobre o Capitalismo
O filme usa a construção do Trump Tower como exemplo da discrepância econômica em que Trump se elevou. A cidade estava falida e sem empregos, mas Trump conseguiu isenção fiscal para seu empreendimento egoico, apesar de controvérsias judiciais e denúncias trabalhistas. O status de visionário foi o suficiente para dar a Donald o reconhecimento e a condição necessários para se tornar uma figura de destaque. É assim que o filme usa a relação entre Cohn e Trump para explorar as estruturas do sistema e as ‘trocas de favores’ que ditam a luta de classes.
Fonte: @ Terra
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