Economia americana avançou 3% no segundo trimestre, impulsionando alta global do dólar no pregão desta quinta-feira.
O dólar começou o dia em baixa nesta quinta-feira (29), porém logo mudou de direção e passou a subir. A valorização se intensificou após a divulgação do PIB dos Estados Unidos acima das expectativas.
A variação do câmbio tem impacto direto no mercado financeiro, influenciando diversos setores da economia. O dólar é uma das principais moedas utilizadas em transações internacionais, sendo acompanhado de perto por investidores e analistas.
O dólar avança após pregão desta quinta-feira
A cotação da moeda americana foi impulsionada por diversas variáveis no mercado cambial. Além das expectativas em torno da sabatina do diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, no Senado, após as eleições, o dólar também foi influenciado por fatores externos. Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência do BC no próximo ano, despertou a atenção dos investidores.
No fechamento dos negócios, o dólar avançava 1,20%, chegando a R$ 5,623. Durante o pregão, atingiu o valor de R$ 5,662, o mais alto desde o dia 7 de agosto, quando encerrou cotado a R$ 5,624. No cenário internacional, a moeda americana subia 0,28% em relação a outras moedas, enquanto registrava um avanço de 0,92% em relação ao peso mexicano.
Há ruídos no mercado em relação a Galípolo e sua indicação para a presidência do BC. Embora amplamente esperada, a nomeação gerou questionamentos entre os investidores. Alexandre Viotto, diretor de mesa de câmbio da EQI Investimentos, destaca que a indicação ocorre em um momento em que Galípolo tem adotado um discurso mais inclinado ao aumento dos juros, o que tem gerado incertezas.
Os analistas da Guide apontam que persistem incertezas em relação à indicação de Galípolo, especialmente no que diz respeito às escolhas para as diretorias, em especial a de política monetária. Além disso, a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) anualizado dos Estados Unidos, que cresceu 3% no 2º trimestre de 2024, acima das expectativas, também impactou o mercado cambial.
Elson Gusmão, diretor de câmbio da corretora Ourominas, analisa que o aumento das taxas dos títulos do Tesouro americano e os dados econômicos positivos dos EUA contribuíram para a valorização do dólar. O estresse no mercado também pode ser atribuído à formação da taxa de referência do dólar, a Ptax, de fim de mês, que tende a gerar volatilidade no mercado interno de câmbio, devido à pressão de investidores que apostam na alta da moeda americana.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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