Ministra do Planejamento, Simone Tebet, gera volatilidade na sessão com divergências fiscais, impulsionando leve alta do dólar americano.
Em um dia de oscilações, o real encerrou esta quarta-feira (14) com pequena alta devido a comentários de autoridades sobre gastos. No fechamento do mercado, a moeda brasileira subiu 0,35%, valendo R$ 5,468, em contraste com o comportamento do dólar no exterior, que permanecia estável em relação a outras moedas. Durante o dia, chegou a atingir R$ 5,486.
Os investidores ficaram atentos às declarações sobre despesas do governo, o que impactou diretamente nos custos do dólar no mercado interno. A expectativa é que os gastos públicos continuem influenciando a cotação da moeda nos próximos dias.
Gastos e Investimentos: Planejamento para o Futuro
No decorrer do dia, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ressaltou a importância de equilibrar os gastos públicos, enfatizando que investir em melhorias na educação é essencial. Segundo a ministra, ‘gastar muito às vezes é fundamental’ para garantir um futuro promissor para o Brasil. Durante um evento promovido pela revista ‘Carta Capital’, ela destacou a necessidade de um planejamento estratégico para orientar as ações do governo.
Despesas e Custos: Divergências de Pensamento
Em contrapartida, Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, observou que as declarações divergentes no governo sobre os gastos públicos têm impactado a volatilidade do câmbio. Enquanto alguns membros defendem a responsabilidade fiscal, outros acreditam na necessidade de aumentar os investimentos. Essa falta de consenso gera incertezas no mercado financeiro.
Impacto da Inflação nos Investimentos
Por outro lado, os dados de inflação nos Estados Unidos, especialmente o CPI, estão alinhados com as expectativas. Claudia Rodrigues, economista do banco C6, destaca que a desaceleração do mercado de trabalho e a inflação controlada reforçam a possibilidade de um corte de juros em setembro. Apesar da inflação americana ainda superar a meta de 2%, a tendência de desaceleração é evidente. O núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também apresentou uma redução em 12 meses.
Expectativas de Corte de Juros nos EUA
Com base nos dados de inflação, as projeções para o corte de juros nos EUA em setembro variaram. Antes da divulgação dos números, a maioria dos investidores apostava em um corte de 0,50 ponto percentual. No entanto, após a divulgação, a tendência mudou para um corte de 0,25 ponto percentual. O cenário de incertezas nos mercados globais, especialmente diante dos receios de uma desaceleração econômica nos Estados Unidos, tem influenciado as decisões de política monetária.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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