Levantamento usou dados do INSS para avaliar impactos da DPOC no Brasil em dez anos; condição é comum entre fumantes e pessoas expostas à poluição, afetando força de trabalho nacional e benefícios concedidos, com impactos socioeconômicos em produtividade nacional e perda de produtividade.
Doença Pulmonar: Uma Ameaça Silenciosa
A doença pulmonar é uma condição que pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou do sexo. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), por exemplo, é uma das formas mais comuns de doença pulmonar e é frequentemente associada ao tabagismo e à exposição a poluentes do ar. Alguns sintomas comuns da doença pulmonar incluem dificuldade respiratória, tosse persistente, falta de ar e dor no peito.
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição que pode causar danos irreversíveis aos pulmões. Isso ocorre porque a DPOC afeta a capacidade dos pulmões de expandir-se completamente, o que pode levar a uma redução na capacidade de oxigenar o sangue. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da DPOC incluem o tabagismo, a exposição a poluentes do ar, a asma e a doença pulmonar. Portanto, é importante buscar tratamento médico o mais cedo possível, se você estiver apresentando sintomas.
Desafios Socioeconômicos da Doença Pulmonar
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma affecção respiratória que provoca bloqueios nas vias aéreas, afetando a capacidade pulmonar e gerando episódios de tosse e cansaço. Em casos mais graves, a DPOC compromete atividades simples, como tomar banho e trocar de roupa, tirando a autonomia de quem vive com a doença pulmonar. Um estudo recente mapeou os impactos socioeconômicos da doença pulmonar no Brasil, utilizando dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e constatou que a DPOC custou R$ 566,7 milhões em aposentadorias precoces em dez anos.
Perda de Produtividade e Impactos Socioeconômicos
Segundo o levantamento, com informações de 2014 a 2023, 77,5% das aposentadorias que ocorreram nesse período foram de pessoas entre 40 e 65 anos. Além disso, os pesquisadores estimaram a perda de produtividade, que superou 298 mil meses. Esses achados foram apresentados no 41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia, realizado em outubro.
Impactos Sobre a Força de Trabalho Nacional
‘Milhares de pessoas são afetadas socioeconômica e psicologicamente, não se sentindo úteis, comprometendo a força de trabalho nacional e sobrecarregando o sistema de seguridade social’, disse, em nota, Paulo Antônio de Morais Faleiros, médico pneumologista especialista em DPOC e perito do INSS há 18 anos. Os achados deste estudo reforçam a necessidade de melhoria das políticas públicas associadas à prevenção, ao diagnóstico precoce e ao tratamento da doença pulmonar, com foco especial em trabalhadores em idade produtiva, visando mitigar esse ônus crescente a toda a nossa sociedade.
Exposição a Poluentes e Impactos Sobre a Saúde
O estudo utilizou o portal de dados abertos do governo federal e, em parceria com a TruEvidence, consultoria especializada em dados de mundo real, avaliou os benefícios concedidos de 2014 a 2023. Relacionados à doença pulmonar, estudos revelam que a exposição a poluentes do ar aumenta os riscos de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Impactos Socioeconômicos da Doença Pulmonar
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença respiratória que afeta milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estima-se que 6,3 milhões de pessoas vivam com a doença. Embora seja apontada como a terceira principal causa de mortes no mundo, com 425 óbitos por hora, a DPOC ainda enfrenta desconhecimento e não é tratada como prioridade nas estratégias governamentais ao redor do mundo.
Importância do Diagnóstico Precoce
Um relatório da coalização Speak Up for COPD, que une indústria e instituições sem fins lucrativos, mostrou que a doença pulmonar gera um custo de R$ 100 milhões por ano ao Sistema Único de Saúde (SUS) com internações e intervenções. O grupo, formado por especialistas de dez países incluindo o Brasil, cita como exemplo positivo o financiamento pelo Ministério da Saúde da tele-espirometria, exame da capacidade pulmonar na atenção básica com laudo remoto para agilizar o diagnóstico. ‘É um case de sucesso. O resultado do teste é enviado a um especialista respiratório para interpretação, liberando capacidade da atenção primária e garantindo melhores práticas no diagnóstico’.
Fonte: @ Veja Abril
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