Espólio do cantor rei do pop deve R$2,76 bi, segundo novos documentos judiciais. Petição por pagamentos excessivos, equipe, gastos e contador público.
Os administradores do patrimônio de Michael Jackson divulgaram, em novos registros legais submetidos em tribunal neste mês e obtidos pela revista People, que o Rei do Pop possuía R$2,7 bilhões em dívidas antes de seu falecimento em 2009. Os representantes legais protocolaram uma solicitação por pagamentos pendentes desde 2018.
Além disso, os documentos revelam que o cantor acumulou débitos significativos ao longo de sua carreira, resultando em um total de R$2,7 bilhões em passivos antes de sua partida. A petição apresentada pelos administradores destaca a urgência dos pagamentos atrasados para a resolução das dívidas remanescentes do artista.
Desafios Financeiros de Michael Jackson e Seu Espólio
Michael Jackson, dono de um patrimônio avaliado em mais de R$ 11 bilhões, enfrentava uma situação financeira delicada, com dívidas que ultrapassavam os R$ 165 milhões anualmente. A nova documentação revela que Jackson devia dinheiro a mais de 65 credores, conforme uma petição apresentada pela equipe do espólio. Essa petição buscava reembolso por despesas legais, de negociação e outras despesas operacionais desde 2018.
Durante o julgamento do médico que tratou Jackson, o contador público William R. Ackerman testemunhou sobre as finanças do cantor. Ele destacou que, apesar de Michael Jackson ter alcançado recordes de vendas com discos e publicidades, ele enfrentava desafios financeiros devido a seus ‘gastos excessivos’ em sua vida pessoal e filantrópica. O cantor gastava dinheiro com doações para caridade, presentes, viagens, arte e móveis, incluindo joias, o que levou a um cenário de endividamento.
Ackerman revelou que as dívidas de Jackson cresceram significativamente ao longo dos anos. Entre 1993 e 1998, o cantor acumulou uma dívida de R$ 772 milhões, e de 2001 a 2009, essa dívida aumentou para cerca de R$ 937 milhões. Além disso, os juros sobre os empréstimos de Jackson também aumentaram, variando de pouco menos de 7% a 16,8% ao ano.
Uma reportagem do The New York Times destacou que Jackson chegou a usar como garantia sua participação em um catálogo de músicas, incluindo sucessos dos Beatles, para obter empréstimos nos EUA. Após a morte do cantor, os custos da turnê planejada recaíram sobre o espólio de Michael, que enfrentava uma dívida de R$ 220 milhões com uma promotoria de shows.
Os advogados dos executores do espólio, John Branca e John McClain, juntamente com seu conselho legal, Jonathan Steinsapir e Saul Ewing, afirmaram em uma petição de março de 2024 que o espólio estava enfrentando uma situação de endividamento e quase falência na época da morte de Jackson. Mais de meia dúzia de processos e mais de 65 reclamações de credores foram apresentadas, resultando em litígios que colocaram o espólio sob pressão financeira.
Após a morte de Jackson, os advogados dos executores lidaram com diversos processos nos EUA e no exterior, buscando resolver as pendências de forma favorável. A situação financeira do espólio continuava sendo um desafio, com a necessidade de lidar com processos em andamento e reclamações de credores. A gestão das dívidas e a resolução dos litígios tornaram-se prioridades para a equipe responsável pelo espólio de Michael Jackson.
Fonte: © Revista Quem
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