O medo persiste, mas suas origens não são o que muitos acreditam. Influência maligna em obras civis na área de manutenção das subprefeituras.
O que há de tão marcante em um número? Apesar de ser apenas uma superstição, a presença constante do 13 está tão enraizada em algumas culturas que até mesmo uma área como a construção civil é impactada por ela. Em Cardiff, no País de Gales, um canteiro de obras no coração da cidade revela uma ausência notável.
Enquanto alguns veem o 13 como sinônimo de azar, outros o consideram apenas um número como qualquer outro. No entanto, a influência do treze pode ser percebida em diversas situações do cotidiano, desafiando crenças e tradições.
A influência maligna do número 13 na construção civil
Uma das torres de suporte internas que estão sendo erguidas para o empreendimento Central Quay, na antiga cervejaria Brain’s, exibe números em todos os andares do edifício em construção, com exceção do 13º andar. A presença do número 13; é evitada em muitas estruturas modernas, refletindo uma crença arraigada no azar associado a esse numeral. Alguns edifícios, como blocos de apartamentos e hotéis, simplesmente pulam o 13º andar, optando por denominá-lo como 12A ou destinando-o a áreas de manutenção.
A aversão ao número 13; não é novidade, e sua suposta influência maligna é levada a sério por muitos. Casas com o número 13; tendem a ter preços mais baixos, e subprefeituras no passado chegaram a proibir o uso desse numeral em novos conjuntos habitacionais devido à aversão das pessoas a ele. Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha revelou que 14% dos entrevistados consideravam o número 13; intrinsecamente azarado, enquanto outros 9% não tinham certeza.
Sarah Thomas, residente de Grangetown, em Cardiff, notou a ausência do número 13; na torre em construção da Brain’s enquanto saía de seu escritório na Network Rail nas proximidades. A curiosidade de Sarah foi despertada pela falta desse numeral, levando-a a investigar sua origem e descobrir a extensão da prática de evitar o 13; em edifícios e elevadores.
A superstição em torno do número 13; é amplamente difundida, mesmo entre aqueles que se consideram não supersticiosos. Sarah, por exemplo, evita passar por baixo de escadas como medida de precaução. Ela acredita que compreender a história por trás das superstições oferece insights sobre como as pessoas conectam eventos cotidianos a crenças arraigadas.
Grandes marcos do Reino Unido também aderem à superstição do 13;. A torre One Canada Square, em Canary Wharf, Londres, abriu suas portas sem o 13º andar e permanece assim até hoje. Da mesma forma, a London Eye oferece a opção de reservar a cabine número 33, substituindo o 13; que falta na sequência numérica.
A aversão ao número 13; remonta a várias fontes históricas, incluindo referências cristãs e mitológicas. A presença de 13 pessoas na última ceia de Jesus Cristo e o papel de Judas Iscariotes como o 13º convidado destacam a associação negativa com esse número. Na mitologia nórdica, Loki, o deus da trapaça, é o 13º convidado em um evento que resulta em tragédia, reforçando a reputação sinistra do 13;.
A triscaidecafobia, ou medo do número 13;, é acentuada quando associada à sexta-feira, um dia historicamente ligado a eventos considerados de má sorte. Apesar do avanço da sociedade, a crença no azar do 13; persiste, talvez devido à sua longa história de influência negativa em diversas culturas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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