Modificações climáticas afetam não só a rotina humana, quanto seu estado mental; conheça a ecoansiedade: ansiedade crônica causada por catástrofes ambientais, angústia relacionada às consequências climáticas, medo da perda da biodiversidade, sensação de frustração e pessimismo sobre o homem-natureza.
Com o aumento dos desastres naturais e eventos climáticos extremos, a ecoansiedade tem se tornado cada vez mais presente na sociedade brasileira. A população tem enfrentado um misto de medo e desespero diante das consequências devastadoras desses fenômenos, como as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024, deixando um rastro de destruição e sofrimento.
A ansiedade climática se torna ainda mais evidente quando nos deparamos com a realidade das mudanças no clima e seus impactos diretos na vida das pessoas. A ecoansiedade não escolhe idade, gênero ou classe social, afetando a todos de forma intensa e preocupante. É fundamental buscar formas de lidar com esses sentimentos e agir de maneira consciente para enfrentar os desafios que o futuro nos reserva.
Ecoansiedade: Uma Nova Realidade Psicológica
Dessa forma, especialistas estão buscando categorizar esse estado psicológico emergente para oferecer a assistência necessária a esse tipo específico de paciente. Ansiedade crônica da era moderna, a ecoansiedade, está se tornando cada vez mais presente na sociedade contemporânea. Entenda agora como as mudanças climáticas podem agravar doenças cerebrais e reduzir a biodiversidade, impactando diretamente a saúde mental das pessoas.
A Profunda Relação entre Ecoansiedade e Mudanças Climáticas
A ecoansiedade, também conhecida como ‘ansiedade climática’, é um termo que ganhou destaque e foi incluso no dicionário de Oxford. Definida como o medo crônico da catástrofe ambiental, essa condição psicológica envolve uma série de emoções negativas, como angústia, frustração e pessimismo, em relação às consequências climáticas. A sensação de perda da biodiversidade e a crescente desconexão com a natureza alimentam esse sentimento de medo e desamparo.
O Surgimento da Ecoansiedade e sua Relação com a Ecopsicologia
Embora o termo ecoansiedade seja relativamente recente, a área da ecopsicologia já existe na psicologia há anos. Essa disciplina visa explorar a relação entre o ser humano e a natureza, enfatizando a interconexão entre ambos. A ecoansiedade, portanto, reflete a preocupação crescente com a crise ambiental e a necessidade de reconectar o ser humano com o meio ambiente. Como surgiu o termo ecoansiedade? Em 1989, um grupo da Universidade de Berkeley cunhou essa palavra, lançando as bases para um novo campo de estudo.
O Impacto da Ecoansiedade nas Ações Individuais e Coletivas
O livro ‘The Voice of The Earth: An Exploration of Ecopsychology’, lançado por Theodore Roszak em 1992, juntamente com outras publicações como ‘Restoring the Earth, Healing the Mind’, de Gomes e Kanner, contribuíram significativamente para o desenvolvimento da Ecopsicologia. Essas obras fundamentais promoveram a conscientização sobre a importância de integrar a psicologia e a ecologia, destacando a necessidade de uma abordagem holística para compreender a relação entre o ser humano e a natureza.
Desafios e Perspectivas Frente à Ecoansiedade
Diante do aumento dos eventos climáticos extremos e da ineficácia das medidas globais para conter as mudanças climáticas, a ecoansiedade se torna uma realidade cada vez mais presente. Fenômenos como El Niño têm causado devastação em diversas regiões, deixando comunidades inteiras traumatizadas. A sensação de pessimismo em relação ao futuro e a desconexão com a natureza são desafios que a sociedade contemporânea enfrenta, exigindo uma reflexão profunda sobre nossa relação com o planeta e com as gerações futuras.
Fonte: @Olhar Digital
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