Descobrido estudo do Instituto do Sono e Unifesp: altos níveis de Homocisteína, aminoácido sanguíneo, na doença coronariana surgem. Elevados níveis em parede de vasos sanguíneos causam trombose, enfarte, AVC. Alimentos com vitaminas B baixam níveis. Estratégia de modulação.
Avaliar os índices no sangue do aminoácido homocisteína pode ser útil para antecipar a possibilidade de alguém desenvolver apneia obstrutiva do sono – uma situação caracterizada por pausas frequentes na respiração, originadas pelo relaxamento dos músculos da garganta durante o sono. A homocisteína é um indicador importante que está sendo estudado em relação a diversos distúrbios de saúde.
Vale ressaltar a importância de manter um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, pois esses hábitos influenciam não apenas os níveis de homocisteína no organismo, mas também a qualidade do sono e do bem-estar geral. Cuidar da saúde de forma preventiva é essencial para evitar complicações relacionadas à homocisteína e garantir uma melhor qualidade de vida a longo prazo.
A Importância dos Níveis de Homocisteína no Sangue
A Homocisteína é um aminoácido que desencadeia preocupações nos cardiologistas devido às consequências de seus níveis elevados no sangue. Estudos indicam que valores acima de 15 micromol por litro de sangue podem provocar modificações na parede dos vasos sanguíneos, contribuindo para o surgimento de doenças coronarianas, tromboses, enfartes e até AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais).
A pesquisadora vanessa Cavalcante-Silva ressalta a ligação entre a deficiência de vitaminas B e a hiper-homocisteinemia. A ausência de vitaminas do complexo B, como B6, B9 e B12, pode predispor ao aumento da Homocisteína no sangue. Dessa forma, a inclusão de alimentos ricos nessas vitaminas ou a suplementação emergem como estratégias para regular os níveis desse aminoácido na corrente sanguínea.
O Papel da Homocisteína no Desenvolvimento de Doenças
A hiper-homocisteinemia é associada a diversas complicações, como alterações na parede dos vasos sanguíneos, tromboses, infartes e AVCs. A equipe liderada por Monica Levy Andersen, da Unifesp, defende a importância de ampliar a solicitação do exame de Homocisteína em check-ups de pacientes com mais de 40 anos. Esse procedimento simples pode fornecer valiosas informações sobre a correlação entre os níveis sanguíneos desse aminoácido e distúrbios como apneia do sono.
A coexistência entre níveis elevados de Homocisteína e distúrbios do sono tem despertado a atenção de pesquisadores. O Estudo Epidemiológico do Sono (Episono), liderado por Sergio Tufik, da Unifesp, investiga a qualidade do sono e os impactos dos distúrbios do sono na saúde da população de São Paulo. Dados revelam que grande parte dos paulistanos enfrenta problemas relacionados ao ronco e à apneia do sono.
A Correlação Entre Apneia do Sono e Homocisteína
A pesquisa coordenada por Andersen se concentra em entender a relação entre a apneia do sono e os níveis sanguíneos de Homocisteína. Os resultados podem trazer insights valiosos sobre como a presença desse aminoácido influencia os distúrbios do sono e vice-versa. A apneia do sono não apenas afeta a qualidade do descanso, mas também pode acelerar o envelhecimento celular e aumentar o risco de diversas doenças, como hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca.
Portanto, a avaliação dos níveis de Homocisteína no sangue não apenas fornece dados relevantes sobre a saúde cardiovascular, mas também pode ajudar a compreender melhor distúrbios do sono e suas interações com fatores metabólicos. Essa abordagem integrada é essencial para promover a saúde e prevenir complicações associadas a níveis elevados de Homocisteína.
Fonte: © CNN Brasil
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