O distúrbio alimentar em crianças envolve restrição e evitação de certos alimentos, causando impacto físico e psicossocial.
Quando Hannah tinha 7 anos, ela comunicou aos pais que não desejava mais sentir medo de alimentos. Ela havia parado de participar das atividades das escoteiras, festas de aniversário, idas a restaurantes, encontros familiares e até mesmo de se sentar à mesa para as refeições, revelando sinais de transtorno alimentar restrictivo ou evitativo.
Com o passar do tempo, a situação de Hannah se agravou, e ela passou a evitar cada vez mais os alimentos, demonstrando comportamentos típicos de TARE. A família percebeu a necessidade de buscar ajuda profissional para lidar com os desafios do transtorno alimentar restrictivo ou evitativo e garantir o bem-estar de Hannah, que merece viver livre do medo em relação à comida.
Entendendo o Transtorno Alimentar Restrictivo ou Evitativo;
A presença de alimentos, que causam anxiety e transtorno alimentar restrictivo ou evitativo;, era constante na vida de Hannah, conforme relata sua mãe, Michelle, que zela pela segurança da filha ao não revelar seus sobrenomes. Michelle percebeu os primeiros sinais desse transtorno quando tentou introduzir alimentos sólidos e leite normal à dieta de Hannah, que prontamente rejeitou tais mudanças, fechando os lábios ou recusando a comida.
Com o passar do tempo, Hannah desenvolveu uma lista restrita de cerca de cinco alimentos que se sentia confortável em consumir, como os pacotes pequenos de batatas fritas de creme azedo e cebola verde Pringles, detalha Michelle. Aos 8 anos, Hannah está em tratamento para Transtorno Alimentar Restritivo/Esquivo, ou TARE, sob os cuidados de Kate Dansie, diretora clínica do Centro de Transtornos Alimentares em Rockville, Maryland.
Diferentemente de transtornos alimentares tradicionais, como anorexia ou bulimia nervosa, o TARE não está relacionado à preocupação com a forma física, explica Dansie. Pessoas com TARE possuem uma alimentação extremamente limitada, optando por alimentos que consideram seguros e reconfortantes, o que pode acarretar em complicações de saúde a longo prazo.
O diagnóstico de Transtorno Alimentar Restritivo ou Evitativo; foi incluído apenas na quinta edição do DSM-5, em 2013, como destaca Stuart Murray, professor associado de psiquiatria na Universidade do Sul da Califórnia. Estima-se que entre 0,5% e 5% da população sofre com TARE, uma condição que, apesar de prevalente, carece de estudos e financiamento adequado para pesquisas.
O Transtorno Alimentar Restritivo ou Evitativo; difere de outras condições ao restringir a alimentação não por questões calóricas, mas sim por preferências sensoriais ou texturais, esclarece Murray. Pessoas com TARE podem evitar certas texturas, cheiros ou sabores de alimentos devido a crenças debilitantes sobre sua composição, resultando em uma dieta altamente restrita.
Além disso, experiências traumáticas com comida, como engasgos, podem desencadear uma vigilância extrema durante as refeições em indivíduos com TARE, ressalta Murray. É fundamental compreender que o Transtorno Alimentar Restritivo ou Evitativo; é uma condição complexa que demanda atenção e cuidados específicos para garantir o bem-estar dos afetados.
Fonte: © CNN Brasil
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