Sociedade Brasileira de Imunizações divulgou orientações para imunizar vítimas das enchentes contra COVID-19, influenza, hepatite A, B, tétano e raia. Riscos aumentados para gaúchos desabrigados em aglomerações. Profissionais de resgate e saúde também alertados. Transmissão pela água e lama contaminada: hepatite A vírus, febre tifoide (salmonella bactéria). Maior risco de lacerações na linha de frente. Imunizantes: covid-19, históricas, já esta terça-feira. Equipes de saúde e resgate fornecerão as técnicas.
Na segunda-feira (13), o Ministério da Saúde enviou milhares de doses adicionais de vacinas para o Rio Grande do Sul, reforçando a campanha de imunização no estado.
Essas novas remessas de vacinas serão fundamentais para acelerar o processo de imunização da população gaúcha, contribuindo para a proteção coletiva contra o coronavírus e suas variantes.
Vacinas: uma medida crucial para enfrentar enchentes históricas no Rio Grande do Sul
O estado gaúcho tem enfrentado enchentes históricas após temporais afetarem a maioria dos municípios locais. Nesta terça-feira, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu uma nota técnica com orientações para a vacinação das vítimas das chuvas, equipes de resgate e profissionais da saúde.
Em entrevista à CNN, infectologistas destacaram a importância das vacinas para as vítimas da tragédia climática e para os profissionais que atuam na linha de frente. É crucial estar atento às doenças respiratórias que podem surgir com o clima mais frio, especialmente para crianças, gestantes e idosos.
As enchentes aumentam o risco de doenças como sarna, piolho, leptospirose, hepatites, tétano e outras transmitidas por aranhas. As aglomerações nos alojamentos dos desabrigados podem facilitar a transmissão de doenças respiratórias, como gripe, pneumonias e covid-19.
O Ministério da Saúde está elaborando um plano para atendimento de saúde mental às vítimas das enchentes no RS. Em meio a essa situação, o estado recebeu milhares de doses extras de vacinas, incluindo uma nova vacina para câncer que potencializa a resposta imune contra tumores cerebrais.
De acordo com a nota técnica da SBIm, as vacinas recomendadas para a população local são: covid-19, influenza, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite A e B, tétano e raiva em casos de acidentes com animais.
É fundamental considerar que as condições de aglomeração e falta de ventilação aumentam o risco de transmissão de doenças respiratórias. O tétano apresenta um grande risco de infecção em caso de ferimentos durante a sobrevivência em situações de emergência.
No caso da hepatite A, a contaminação ocorre pela ingestão de água ou lama contaminada, enquanto a febre tifoide é causada pela bactéria salmonella. As equipes de resgate, profissionais da saúde e socorristas devem receber vacinas contra influenza, covid-19, tétano, hepatite A e B, febre tifoide e raiva.
Os profissionais da linha de frente estão mais expostos a materiais contaminados e têm maior risco de acidentes e lacerações. É essencial garantir a imunização desses profissionais durante todo o ano, independentemente da situação de emergência.
Fonte: © CNN Brasil
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