O Telescópio Espacial James Webb detecta a luz infravermelha no espectro eletromagnético, sem captar cores visíveis, usando filtros acoplados.
Desde que Telescópio Espacial James Webb estava sendo preparado para o seu lançamento ‘natalino’ em dezembro de 2021, pessoas questionam à NASA sobre a sua natureza infravermelha. ‘Por que ele não é óptico como o Hubble?’, perguntavam. O Telescópio James Webb é projetado para explorar o universo em comprimentos de onda infravermelhos, permitindo observações mais detalhadas de objetos distantes.
Enquanto aguardamos ansiosamente pelo lançamento do Telescópio James Webb em dezembro, a comunidade científica está empolgada com as possibilidades que o JWST trará para a astronomia. Com sua capacidade de observar o universo de uma maneira totalmente nova, o JWST promete revolucionar nossa compreensão do cosmos. Estamos prestes a testemunhar uma nova era de descobertas astronômicas com o Telescópio James Webb.
Explorando a Natureza Infravermelha com o Telescópio James Webb
Após apreciar as incríveis imagens capturadas pelo Telescópio James Webb, surge a questão: ‘As cores dessas fotos são reais?’ Se considerarmos ‘real’ como algo visível a olho nu, a resposta é não. O JWST opera na faixa infravermelha, capturando imagens do Universo em comprimentos de onda entre 0,6 e 28 micrômetros, muito além do espectro visível ao olho humano, que começa em 400 nanômetros.
Como as lentes dos telescópios contribuíram para a evolução da astronomia? Alyssa Pagan, desenvolvedora de recursos visuais científicos no Space Telescope Science Institute (STScI), destaca que a pergunta sobre a veracidade das cores não tem uma resposta simples. Ao receber as imagens em preto e branco do JWST, Pagan e seu colega Joseph DePasquale aplicam cores posteriormente, traduzindo os dados dos filtros acoplados ao telescópio para o espectro visível de luz.
A câmera de infravermelho próximo (NIR) do JWST possui seis filtros que capturam a imagem em diferentes comprimentos de onda, sendo os mais longos representados em vermelho e os mais curtos em tons de azul ou roxo. Após a combinação das imagens pelos filtros, é necessário ajustar a saturação e brilho para realçar detalhes e tornar as cores mais vibrantes.
O trabalho de edição das imagens do JWST vai além do aspecto estético, visando também à precisão científica. Em imagens destinadas a ilustrar descobertas específicas, como galáxias distantes, a fidelidade das cores é crucial para representar com precisão a composição química e a idade dos objetos. Os editores, como Pagan e DePasquale, direcionam a edição para destacar áreas de interesse para os pesquisadores, garantindo que as imagens sirvam não apenas ao público, mas também à comunidade científica.
Ao explorar a natureza infravermelha do Universo com o Telescópio James Webb, somos levados a admirar não apenas a beleza visual das imagens, mas também a complexidade e a riqueza dos dados científicos que nos revelam um Universo em constante evolução.
Fonte: @Tech Mundo
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