Luigi Guido Grandi acreditava ter encontrado a prova matemática da Criação ao resolver uma série infinita, mas sua teoria foi questionada, como a Quadratura do Círculo.
A Matemática é uma ferramenta poderosa que pode ser usada para explicar muitos fenômenos do universo. Embora seja difícil determinar se ela pode explicar o significado da vida e do universo, é inegável que a Matemática desempenha um papel fundamental em nossa compreensão do mundo ao nosso redor. Uma das áreas da Matemática que busca entender a probabilidade de eventos complexos é o Cálculo, que nos permite analisar e modelar fenômenos naturais.
Outra área da Matemática que pode ser aplicada para entender o universo é a Geometria, que estuda as propriedades e relações entre figuras geométricas. Além disso, a Álgebra também é uma ferramenta importante para entender a estrutura e as relações entre os objetos matemáticos. Com essas ferramentas, os matemáticos podem tentar explicar fenômenos complexos, como o início do universo, e entender melhor o mundo ao nosso redor. A busca pela compreensão é um desafio constante na Matemática.
A Matemática e a Série de Grandi
A Matemática é uma disciplina que tem fascinado os seres humanos por séculos. Uma das questões mais intrigantes é a série infinita de 1 − 1 + 1 − 1 +…, que tem ocupado os maiores matemáticos desde o século 18. A pergunta é: qual é o resultado dessa soma infinita? Uma resposta intuitiva é que não há resposta, pois a soma se altera entre 0 e 1 sem nunca chegar a um valor único. No entanto, essa é apenas uma das quatro opções consideradas ao longo do tempo.
A série de Grandi é um exemplo clássico de uma soma infinita que tem sido estudada por matemáticos ao longo da história. O matemático italiano Luigi Guido Grandi (1671 – 1742) foi um dos primeiros a chamar a atenção para essa série. Grandi foi um padre, filósofo, matemático e engenheiro que nasceu em Cremona, na Itália. Seu interesse pela Matemática demorou a surgir, mas com seu primeiro livro, ‘Geometrica divinatio Vivianeorum problematum’, publicado em 1699, ele ganhou reconhecimento em seu país e em outros.
A Carreira de Grandi e a Série de Grandi
A reputação de Grandi o levou a se tornar o matemático da corte do Grão-Duque da Toscana, Cosme 3º de Medici, em 1707. Nesse cargo, ele foi responsável por importantes projetos de engenharia, incluindo a drenagem do Vale de Chianna. Além disso, ele colaborou na publicação da primeira edição das obras de Galileu Galilei (1718) e publicou uma versão italiana dos ‘Elementos’ de Euclides (1731). Grandi também aconselhou o Papa Clemente sobre a reforma do calendário e introduziu na Itália as ideias de Gottfried Leibniz sobre Cálculo.
Uma de suas obras mais admiradas foi o estudo da rosa polar, uma família de curvas que lembram flores, que chamou de rhodoneas (do grego rhodon, rosa), em seu livro ‘Flores Geometrici’ (1725). No entanto, foi uma outra obra sua que despertou não só o interesse de seus pares, mas também uma acalorada polêmica em torno da série que leva seu nome.
A Série de Grandi e a Álgebra
A série de Grandi é uma soma infinita de 1 − 1 + 1 − 1 +…, que pode ser representada de diferentes maneiras. Grandi estudou essa soma e observou que, adicionando parênteses, chegava-se a resultados diferentes. Por exemplo, (1 – 1) + (1 – 1) + (1 – 1)… resulta em 0 + 0 + 0…, que é igual a 0. No entanto, se fosse escrito assim: 1 + (- 1 + 1) + (- 1 + 1) + (- 1 + 1)…, então a soma seria 1 + 0 + 0 + 0…, o que daria 1. Isso por si só já era surpreendente.
Mais surpreendente ainda foi a afirmação de Grandi de que a soma de infinitos 0s é igual a 1/2. Ele preferiu explicar esse resultado com uma parábola em que imaginava dois irmãos que herdaram dos pais uma joia valiosa. Eles foram proibidos de vendê-la e dividi-la à metade destruiria seu valor. Os irmãos concordaram que alternariam a propriedade da joia, o que leva a uma série infinita de 1 − 1 + 1 − 1 +…. Essa série pode ser vista como uma representação da Geometria e da Álgebra em ação.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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