Pedido de impeachment contra ministro do STF por atos antidemocráticos e golpistas, como a tentativa de golpe e invasão dos prédios, que tramitam em 8 inquéritos.
O pedido de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes é assinado por 13 deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que já foram citados pelo magistrado em inquéritos que tramitam na Corte. Essa medida é vista como uma retaliação política contra o ministro, que tem sido um dos principais alvos de críticas do grupo.
A impeachment é um processo complexo que pode levar à destituição do ministro do cargo, caso seja aprovado pelo Congresso Nacional. Além disso, o processo também pode resultar em afastamento temporário do ministro, o que poderia afetar a dinâmica do STF. É importante notar que o impeachment é um instrumento constitucional que deve ser usado com cautela e responsabilidade, e não como uma ferramenta política para atingir adversários. A transparência e a imparcialidade são fundamentais nesse processo.
Impeachment: 152 parlamentares assinam requerimento contra Moraes
Um total de 152 deputados da Câmara assinaram um requerimento que visa a destituição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento foi protocolado no Senado na terça-feira (10). Todos os deputados que estão na mira de Moraes são do Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre os deputados que assinaram o requerimento estão: Alexandre Ramagem (PL-RJ), André Fernandes (PL-CE), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Eliézer Girão (PL-RN), Filipe Barros (PL-PR), Junio Amaral (PL-MG), Luiz Phillipe de Órleans e Bragança (PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Zé Trovão (PL-SC).
A reportagem tentou contato com os 13 deputados, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto para que eles possam se manifestar.
Investigações sobre atos antidemocráticos
Cinco deputados são investigados por inquéritos que apuram atos antidemocráticos relacionados aos eventos do dia 8 de janeiro. Os parlamentares são: André Fernandes, Carlos Jordy, Eliézer Girão, Silvia Waiãpi e Zé Trovão.
Moraes autorizou a investigação sobre a suposta incitação ao vandalismo contra os prédios públicos por parte de Fernandes e Waiãpi. A investigação faz parte do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.
André Fernandes divulgou o ato que resultou na intentona golpista dois dias antes do evento. Ele também compartilhou uma foto da porta do armário de togas de Moraes, que foi arrancada pelos vândalos, com a legenda: ‘Quem rir vai preso’.
Silvia Waiãpi publicou vídeos dos ataques nas redes sociais e afirmou que o ‘povo’ estaria tomando o poder. ‘Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho’, disse a parlamentar.
Eliézer Girão está sendo investigado por supostamente ‘antecipar’ a tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro. Ele também está sendo investigado no inquérito que apura a invasão dos prédios públicos.
Zé Trovão é investigado no inquérito sobre manifestações antidemocráticas no 7 de Setembro de 2021. Ele foi preso em outubro daquele ano após Moraes apontar que ele estava organizando um levante de caminhoneiros que resultaria em manifestações violentas no feriado da Independência.
Impeachment: cassação e afastamento
O requerimento de impeachment contra Moraes é mais um capítulo na crise política que envolve o STF e o governo. A cassação e o afastamento de Moraes são os objetivos dos deputados que assinaram o documento.
A destituição de Moraes pode ter consequências graves para a democracia brasileira. A cassação e o afastamento de um ministro do STF são medidas extremas que podem afetar a independência do Judiciário.
O impeachment de Moraes é visto por muitos como uma tentativa de golpe contra a democracia. A cassação e o afastamento de um ministro do STF podem ter consequências graves para a estabilidade política do país.
A crise política que envolve o STF e o governo é um desafio para a democracia brasileira. A cassação e o afastamento de Moraes podem ser o início de um processo que pode levar a uma crise institucional.
Fonte: © Direto News
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