No encontro liderado pelo Ministério da Saúde, discutiu-se saúde pública, circulação em territórios americanos, gestores enfrentando a dengue e o médico infectologista David.
A incidência da dengue representa um desafio significativo para sistemas de saúde em diversas regiões do globo, afetando milhares de pessoas anualmente. A disseminação do vírus da dengue é uma preocupação constante para autoridades de saúde em vários países, evidenciando a necessidade de medidas eficazes de controle e prevenção.
A luta contra a dengue envolve estratégias integradas de combate, prevenção e controle. A conscientização da população sobre a importância de eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da doença, é fundamental para reduzir a ocorrência de epidemias de arboviroses. Investir em ações de saneamento básico e promover ações de educação em saúde são passos essenciais para enfrentar a propagação da dengue.
Erros e Acertos dos Gestores Públicos na Epidemia de Dengue
Com o panorama da epidemia de dengue desafiando a saúde pública, a discussão sobre as abordagens dos gestores tornou-se foco do colóquio ‘Avanços e Perspectivas no Enfrentamento à Dengue’. Realizado na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília, o evento reuniu especialistas em arboviroses e representantes da Opas e OMS para analisar o cenário.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, atualizou os presentes sobre a situação epidemiológica da dengue no país, destacando as principais medidas de prevenção e controle da doença. Durante o dia, houve debates que abordaram o panorama epidemiológico da enfermidade e estratégias para enfrentar a epidemia.
De acordo com o pesquisador Rivaldo Venâncio da Cunha, da Fiocruz, culpar exclusivamente os gestores de saúde pela epidemia é um equívoco. Ele ressaltou a recorrência das epidemias de dengue no Brasil ao longo dos anos e a necessidade de todos os setores da sociedade aprenderem a lidar com a doença.
A representante da Opas, Socorro Gross, enfatizou que, apesar dos avanços científicos, ainda existe a luta contínua contra o mosquito Aedes Aegypti, principal vetor da doença. Fatores como mudanças climáticas, urbanização desordenada e desigualdades sociais influenciam diretamente no combate à dengue.
Na sequência, o renomado médico infectologista David Uip alertou sobre a improdutividade de apontar culpados em situações de epidemia. Ele expressou solidariedade aos gestores da saúde e salientou a necessidade de uma evolução no entendimento do enfrentamento da dengue.
Experiências dos Estados no Combate à Dengue
Durante a tarde, representantes dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará compartilharam suas experiências no combate à dengue. Especialistas e pesquisadores destacaram os desafios em enfrentar a resistência do Aedes Aegypti, ressaltando a adaptação e procriação eficaz do mosquito, como apontado pela professora Maria da Glória Teixeira, da UFBA.
Ao encerrar o encontro, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) revelou planos para repetir o colóquio no próximo mês, visando a troca de experiências e a consolidação das estratégias discutidas para o enfrentamento da epidemia de dengue.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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