A ineficiência do Estado, não a corrupção, prejudica o país. Economista Antônio Delfim Netto em entrevista à revista eletrônica.
O principal obstáculo para o desenvolvimento do país não é a corrupção, mas sim a ineficiência do Estado. Em uma entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico em 2016, o economista Antônio Delfim Netto ressaltou a importância de combater a ineficiência para impulsionar o crescimento econômico.
A ineficiência do setor estatal impacta diretamente a qualidade dos serviços oferecidos à população. É fundamental buscar soluções para aumentar a eficácia das políticas públicas e garantir um melhor funcionamento das instituições governamentais.
Delfim Netto e a Ineficiência Estatal
Antônio Delfim, renomado economista e ex-ministro da Fazenda, em entrevista à revista eletrônica, abordou a questão da ineficiência no serviço público. Para ele, a corrupção pode ser corrigida, mas o verdadeiro desafio está na ineficiência do sistema, que afeta a administração como um todo.
Segundo Delfim, o Estado é ineficiente por natureza, destacando que os funcionários públicos muitas vezes se acomodam devido à falta de riscos e desafios. Ele ressaltou que a estabilidade no emprego pode levar à falta de produtividade, já que a sensação de segurança pode gerar acomodação.
O ex-ministro enfatizou que o ser humano não foi feito para trabalhar incessantemente, mas sim para desenvolver suas potencialidades por meio da educação e da saúde. Ele reconheceu a importância da estabilidade em cargos de Estado, mas ressaltou que essa garantia não se aplica a todos os empregos públicos.
Delfim Netto lembrou que, até os anos 1980, a estabilidade era restrita aos cargos estatais, indicando que a flexibilização desse benefício poderia contribuir para aumentar a eficiência do serviço público. Em sua visão, a ineficiência é um obstáculo que precisa ser superado para garantir um melhor funcionamento da máquina estatal.
Fonte: © Conjur
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