O custo de vida subiu com destaque para o etanol. Em 12 meses, a variação recuou, beneficiando a classe social.
O aumento nos custos do setor de saúde (1,02%) foi o principal responsável pelo aumento do custo de vida em abril na Região Metropolitana de São Paulo. O índice mensal subiu 0,24%, indicando um crescimento em comparação com a estabilidade registrada no mês anterior, conforme apontado pela FecomercioSP, que monitora regularmente o custo de vida por classe social utilizando informações do IBGE.
O aumento nas despesas com saúde teve um impacto significativo no custo de vida dos moradores da Região Metropolitana de São Paulo. Essa variação mensal de 0,24% demonstra a importância de monitorar de perto as despesas para manter o equilíbrio financeiro das famílias, de acordo com os dados da FecomercioSP e do IBGE.
Custo e Despesas: Impacto do Reajuste Anual dos Preços dos Remédios
O reajuste anual dos preços dos remédios, que tradicionalmente ocorre em abril, gerou um aumento significativo sentido por todas as classes sociais. Desde as famílias com renda mais baixa, que recebem até dez salários mínimos, até aquelas com renda mais alta, acima de dez salários mínimos, o impacto do aumento foi generalizado.
De acordo com o levantamento realizado, o aumento atingiu uma variedade de produtos, incluindo antibióticos com acréscimo de 3,5%, hipotensores e hipocolesterolêmicos com aumento de 2,7%, e psicotrópicos com acréscimo de 1,2%. Além disso, produtos dermatológicos apresentaram um aumento de 2,4%, enquanto os produtos de beleza tiveram um acréscimo de 2,2%.
No acumulado de 12 meses, a variação do custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo foi de 2,8%, um valor inferior aos 4,32% registrados no mesmo período do ano anterior. O setor de Alimentos registrou um aumento de 0,40%, impactando especialmente as famílias de classe A, que frequentemente realizam refeições fora de casa.
Os valores dos combustíveis também tiveram um aumento significativo, com destaque para o etanol, que apresentou um acréscimo de 5,6%. A entidade responsável pela pesquisa explicou que o impacto não foi ainda maior para o grupo de transportes, que teve uma variação de 0,19%, devido à queda nos preços das passagens aéreas, que despencaram 11,3%. Esse alívio financeiro pode ser atribuído ao término da alta temporada e ao aumento gradual de voos disponíveis.
Por outro lado, houve uma queda nos preços dos artigos para o lar, com uma redução significativa de 1,55%, impactando de forma relevante o resultado geral do custo de vida e das despesas das famílias.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo