Diego e Julieta Dirísio, casal envolvido em esquema de tráfico internacional de armas, foram presos em fevereiro em Buenos Aires. Criminosos brasileiros e facções implicados. 67 apreensões em dezenas de cidades. Interpol, Polícia Federal: 659 pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras, munições. Doleiros, empresas de fachada, IAS, Rio de Janeiro, São Paulo. Superintendente: milhares de armas. Arrestados: criminosos internacionais.
A irmã de Julieta Nardi e cunhada de Diego Hernan Dirísio, popularmente conhecido como ‘Senhor das armas’, Silvia Nardi, foi descoberta morta em um hotel no Paraguai. De acordo com relatos locais, ela deixou uma carta acusando Dirísio de ter arruinado a reputação de sua família. Diego Hernan Dirísio e sua esposa estavam ligados a um esquema de tráfico internacional de armas.
Enquanto a triste notícia da morte de Silvia Nardi se espalhava, surgiram mais detalhes sobre as atividades de Diego Hernan Dirísio. Além de seu apelido como ‘Senhor das armas’, ele também foi identificado como um contrabandista de armas e criminoso perigoso. A investigação sobre as operações ilegais de Dirísio está em andamento, revelando um lado sombrio e perigoso do mundo do crime internacional.
Investigação sobre Diego Hernan Dirísio, o maior traficante de armas da América do Sul
Recentemente, as autoridades desvendaram um esquema internacional com Diego Hernan Dirísio como peça central, atuando como contrabandista de armas, fornecendo armamentos clandestinos para grupos criminosos brasileiros. Durante o período entre 2019 e 2023, as forças policiais realizaram 67 apreensões em diversas cidades, confiscando um total impressionante de 659 armas de diferentes calibres.
As investigações revelaram que Dirísio e sua esposa operavam a partir do Paraguai, adquirindo milhares de pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes europeus renomados, como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. Utilizando um elaborado esquema envolvendo doleiros e empresas de fachada no Paraguai e em Miami, a empresa IAS, de propriedade de Dirísio, realizava a revenda desses arsenais para as facções criminosas no Brasil, especialmente atuantes no Rio de Janeiro e São Paulo.
Operação internacional contra o criminoso
As autoridades internacionais agiram de forma coordenada, resultando na prisão de Diego Hernan Dirísio e sua esposa no início de fevereiro, em Buenos Aires, na Argentina. A Interpol desempenhou um papel fundamental nessa operação, com a Polícia Federal (PF) na Bahia sendo informada sobre a captura pelo superintendente.
A magnitude do esquema liderado por Dirísio o elevou à posição de maior traficante de armas da América do Sul, chamando a atenção não apenas das autoridades locais, mas também da Interpol. A complexidade das transações ilícitas envolvendo milhares de armas e munições foi desvendada, revelando as conexões do contrabandista com as facções criminosas brasileiras.
Análise das atividades criminosas
Segundo relatos da imprensa paraguaia, foi levantada a suspeita de que a esposa de Dirísio, Silvia, tenha cometido suicídio. Esse trágico desdobramento adiciona mais camadas de mistério a um caso já repleto de intrigas e atividades ilegais. A rede de contatos do casal e a operação meticulosa para abastecer os grupos criminosos mostram a influência e a ousadia do contrabandista de armas.
O comércio ilegal de armas é uma ameaça grave à segurança e estabilidade, demandando uma resposta firme das autoridades para desmantelar esses esquemas complexos. A prisão de Diego Hernan Dirísio representa um golpe significativo contra o tráfico de armas na região, mas também ressalta a necessidade contínua de combater as atividades criminosas transnacionais que alimentam a violência e a instabilidade.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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