Crédito livre para pessoas físicas cresce 8,2% em 12 meses. Taxa, juros médios, crédito, financiamentos, novos créditos, pessoal, carteira, livre, famílias. Modalidades rotativas, endividamento, operações, saldo: aumentam.
Depois de registrar queda por dois meses seguidos, a taxa de juros média do cartão de crédito rotativo subiu 9,4 pontos percentuais em março, chegando a 421,3% ao ano. As informações foram reveladas nas Estatísticas Monetárias e de Crédito publicadas na terça-feira, 3, pelo Banco Central (BC), em Brasília.
Além disso, é importante ficar atento à taxa de rendimento dos investimentos, que pode ser uma alternativa mais vantajosa do que lidar com taxas de percentuais tão elevadas como a do rotativo do cartão de crédito. Fazer escolhas financeiras conscientes é fundamental para garantir um futuro financeiro mais saudável e equilibrado.
Impacto dos Juros no Crédito Rotativo e nas Taxas de Crédito
O crédito rotativo é uma opção utilizada por consumidores quando não conseguem pagar o valor total da fatura do cartão de crédito. Nesse caso, eles contraem um empréstimo e começam a pagar juros sobre o valor não quitado. Apesar de a lei ter limitado os juros do rotativo a 100% do valor da dívida, a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito não foi afetada, pois a legislação se aplica somente a novos financiamentos.
Em março, a taxa média de juros no crédito com recursos livres para pessoas físicas ficou em 53,4% ao ano, com um acréscimo de 0,8 pontos percentuais no mês e uma redução de 5,2 pontos percentuais em 12 meses. O aumento nas taxas de juros foi impulsionado principalmente pelo crescimento das taxas de crédito pessoal não consignado e do cartão de crédito parcelado.
O saldo do crédito livre para pessoas físicas teve um aumento de 0,4% em março e de 8,2% em 12 meses. Destacam-se os aumentos nas carteiras de financiamento para a aquisição de veículos, crédito pessoal não consignado e consignado para beneficiários do INSS. É importante ressaltar que o crescimento nas modalidades não rotativas foi mais significativo do que nas modalidades rotativas.
O endividamento das famílias registrou 47,9% em fevereiro, com uma queda de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 0,8 ponto percentual em 12 meses. O comprometimento de renda permaneceu em 25,7% em fevereiro, evidenciando estabilidade e uma redução de 1,7 pontos percentuais em 12 meses.
Nas operações com empresas, a taxa média de juros alcançou 20,9% ao ano, com uma queda de 0,5 ponto percentual em março e de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Contribuíram para esse resultado as reduções nas taxas de desconto de duplicatas, de outros recebíveis e de capital de giro com prazo superior a 365 dias.
O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional atingiu R$ 5,9 trilhões em março, com um aumento de 1,2% em relação ao mês anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelo saldo das operações de crédito para pessoas jurídicas e físicas. Enquanto isso, a inadimplência da carteira de crédito total manteve-se em 3,2% em março, sem variação no mês e em 12 meses, com destaque para a estabilidade nas operações com empresas e famílias.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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