Vitória por 2×0 sobre o Fortaleza no Castelão gera vantagem para decidir vaga na semifinal da Copa Sul-Americana. O meio-campo e a linha de defesa foram fundamentais para a vitória.
O Corinthians surpreendeu a todos com uma atuação convincente na noite de terça-feira, mesmo com um time misto. Com uma postura ousada e uma organização tática impecável, o Timão enfrentou o Fortaleza com uma personalidade que impressionou a todos. A vitória poderia ter sido ainda mais expressiva se não fossem as inúmeras chances desperdiçadas na segunda etapa.
A vitória foi um grande impulso para o Corinthians, que agora se sente mais confiante para enfrentar os próximos desafios. O time está em alta e isso é reflexo do trabalho duro e da dedicação dos jogadores. Igor Coronado foi o grande destaque do jogo, autor de um golaço que será lembrado por muito tempo. O Tricolor mostrou que está pronto para brigar por títulos e que não vai desistir facilmente.
O Corinthians e o Fortaleza em um Jogo de Altos e Baixos
O Fortaleza apresentou um desempenho abaixo do esperado em casa, especialmente no segundo tempo, quando parecia perdido em campo. O Tricolor não perdia em casa desde 23 de março, em um confronto contra o Vitória, pela Copa do Nordeste. No entanto, não conseguiu melhorar seu desempenho em nenhum momento do jogo.
Ramon Diaz continuou a promover mudanças na equipe de acordo com a competição, alterando também o esquema tático. Ele optou por um 4-3-1-2, com Fágner como lateral-direito e Matheuzinho no banco. Félix Torres e Cacá formaram a zaga, enquanto André Ramalho, Juan Martinez, Gustavo Henrique, Garro e Romero começaram no banco. Ryan, Breno Bidon e Coronado ganharam a chance de jogar.
O Corinthians, por sua vez, manteve a mesma base dos principais jogos recentes da temporada, com Felipe Jonatan na lateral-esquerda e Juan Pablo Vojvoda sem Bruno Pacheco.
O Jogo e o Meio-Campo do Corinthians
O losango de meio-campo utilizado por Ramon Diaz no segundo tempo da derrota para o Botafogo foi levado para a capital cearense. Ryan ficou mais recuado, enquanto Charles e Breno Bidon atuaram como apoiadores, e Igor Coronado teve liberdade para circular à frente deles, atrás da dupla Talles Magno e Yuri Alberto. Isso trouxe alguns detalhes ao jogo, como a capacidade do Corinthians de ter quase sempre um homem a mais pela faixa central, facilitando a conexão de passes entre os jogadores do meio-campo e a manutenção da posse.
No entanto, quando o Fortaleza conseguia circular a bola rapidamente de um lado a outro do gramado, Charles, Ryan e Bidon eram obrigados a flutuar da esquerda para a direita e vice-versa, visando defender a frente da linha de defesa. À frente deles, Coronado, Yuri Alberto e Talles Magno formavam um trio que, embora tivesse menos atribuições defensivas, era sobrecarregado pelo esquema.
O Fortaleza, por sua vez, não aproveitou o cenário, marcando em bloco médio a maior parte do tempo. Tinha agressividade no combate e conseguiu encaixar alguns contragolpes após forçar erros dos paulistas. Cacá bloqueou e impediu um gol certo de Lucero, enquanto Pochettino assustou com arremates de média distância. Breno Lopes foi um incômodo constante para Fagner, e Hércules se destacou no trabalho de desarmar e acionar rapidamente os meias e atacantes.
O Corinthians, por sua vez, não fazia um jogo ruim, com posses mais longas em relação aos donos da casa. No entanto, no terço final, pecava por afobação e certa descoordenação, seja nos passes endereçados aos atacantes ou em movimentos precipitados de Yuri Alberto e Talles Magno. Um jogador, porém, chamava a atenção pela sua habilidade e destaque no jogo.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo