Medidas integradas de controle vetorial incluem uso de estações disseminadoras de larvicida e tecnologias de monitoramento entomológico.
A crise sanitária causada pela dengue no Brasil é um problema de saúde pública que requer a atenção e a ação constante da sociedade. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é um dos principais desafios à saúde brasileira, com um grande número de casos registrados todos os anos.
Ao mesmo tempo, a dengue é apenas uma das arboviroses que afetam o país, junto com a zika e a chikungunya. Essas doenças são resultado de fatores como a falta de saneamento básico, a desigualdade social e a insegurança alimentar, que contribuem para o aumento do risco de infecção. A prevenção é a melhor estratégia para combater essas doenças, e a conscientização da população sobre a importância da eliminação dos criadouros do mosquito é fundamental para reduzir o número de casos. Além disso, a educação em saúde e a cooperação com os órgãos de saúde pública são essenciais para a contenção da dengue e de outras arboviroses no Brasil.
Tecnologias avançadas para o controle da dengue
No Brasil, mais de 5.500 municípios enfrentam o desafio do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue e outras arboviroses. Nesse contexto, o Ministério da Saúde adota tecnologias inovadoras para fortalecer o controle vetorial, especialmente em cidades com mais de 100 mil habitantes. Essas ações fazem parte do Plano de Ação para Redução da Dengue e outras Arboviroses, lançado em setembro de 2022, pelo presidente Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
A Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde destaca que as estratégias de controle do mosquito Aedes aegypti devem ser definidas de acordo com as especificidades locais, sempre na lógica do manejo integrado de vetores. Nesse sentido, o ministério adota uma série de tecnologias, incluindo a estratificação de risco territorial para arboviroses, o monitoramento entomológico por ovitrampas, a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI – Aedes), o método Wolbachia, o uso de Inseto Estéril Irradiado e das Estações Disseminadoras de Larvicidas – as EDLs.
Além disso, as estratégias de prevenção incluem a incorporação da vacina contra a dengue no SUS em 2023. O objetivo é garantir o controle da dengue e outras arboviroses, protegendo a saúde da população brasileira.
Monitoramento entomológico: um passo importante
O primeiro passo para o controle eficaz da dengue é realizar a avaliação do risco e caracterização do território municipal. Isso envolve considerar os principais fatores que contribuem para a infestação dos mosquitos vetores. O monitoramento entomológico por ovitrampas e os levantamentos de índices larvários (LIRAa e LIA) permitem uma vigilância permanente da infestação, possibilitando o direcionamento de ações a partir das ovitrampas.
Tecnologias inovadoras para o controle da dengue
O Ministério da Saúde recomenda as seguintes tecnologias para o controle do Aedes aegypti:
* Monitoramento entomológico por ovitrampas: As ovitrampas são pequenos recipientes de plástico que servem para que as fêmeas do Aedes coloquem seus ovos. Poucos dias após a instalação, é feita a substituição da palheta e os ovos são retirados do ambiente pelo agente de endemias, antes que nasçam as larvas do mosquito.
* Método Wolbachia: O método consiste na liberação de Aedes aegypti infectados com uma bactéria chamada Wolbachia. A Wolbachia é uma bactéria que não infecta o homem ou animais vertebrados, mas que nos mosquitos Aedes aegypti impedem que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam, contribuindo para redução da transmissão destas doenças.
* Uso de Inseto Estéril Irradiado: O Inseto Estéril Irradiado é um mosquito que não consegue se reproduzir, contribuindo para redução da população do vetor.
* Estações Disseminadoras de Larvicidas – as EDLs: As EDLs são sistemas que liberam larvicidas em áreas infestadas, contribuindo para redução da população de larvas do Aedes aegypti.
Essas tecnologias inovadoras são fundamentais para o controle da dengue e outras arboviroses no Brasil.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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