Oitivas agendadas por Jack Rocha, relatora do processo contra Chiquinho Brazão, foram canceladas por três semanas seguidas.
Próximo de completar 3 meses desde a instalação, a ação contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) no Conselho de Ética da Câmara continua sem grandes progressos.
No entanto, é fundamental que a Comissão de Ética da Câmara mantenha-se atenta e diligente em relação aos procedimentos, garantindo a transparência e imparcialidade necessárias. A atuação do Órgão de Ética é crucial para a manutenção da integridade e ética no ambiente político, sendo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
Desenvolvimento do Processo no Conselho de Ética
O pedido de cassação do mandato teve início no colegiado em 10 de abril. Em junho, a relatora do caso, Jack Rocha (PT-ES), divulgou o plano de trabalho das investigações e solicitou oitivas de seis pessoas para abordar o assunto. Até o momento, nenhuma delas foi ouvida, apesar de três tentativas fracassadas de colher os depoimentos.
Chiquinho Brazão está detido desde março deste ano e é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), ao lado do irmão Domingos Brazão, pelo assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A relatora não tem planos, até agora, de modificar o plano de trabalho das investigações contra Brazão. Contudo, ela tem apenas até a próxima terça-feira (9) para sugerir novos depoimentos. A deputada foi contatada pela reportagem, porém não respondeu até a publicação deste texto.
Desdobramentos das Oitivas e Cancelamentos
As oitivas das autoridades da Polícia Federal (PF) envolvidas no inquérito policial estavam agendadas para 19 de junho. No entanto, nenhum dos convocados compareceu, e a sessão foi cancelada. Segundo apuração da CNN, os membros da PF estão relutantes em participar do Conselho de Ética e não têm intenção de comparecer ao colegiado.
Jack Rocha também programou as oitivas do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e da subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, para 25 de junho. Assim como os delegados da PF, nenhum deles confirmou presença, resultando no cancelamento dos depoimentos.
Outro convidado pela relatora para se pronunciar perante o Conselho é o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), correligionário de Marielle Franco. Ele foi mencionado na delação premiada de Ronnie Lessa, confesso assassino da vereadora, como um dos políticos monitorados a mando dos irmãos Brazão. A oitiva de Motta foi marcada três vezes, mas não se concretizou.
Além dos convidados de Jack Rocha, o plano de trabalho inclui oitivas de oito testemunhas indicadas pela defesa de Chiquinho Brazão. Essas testemunhas também tiveram depoimentos agendados para a próxima terça-feira.
Fonte: @ CNN Brasil
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