Medida de gordura visceral e altura prevê riscos cardiovasculares, mais eficaz que o IMC, associado a estilo de vida e acompanhamento contínuo para evitar doenças cardiovasculares.
Um estudo com foco na saúde pública divulgou resultados inusitados na revista Journal of the American Heart Association, onde o Índice de Redondeza Corporal (BRI) aparece como uma ferramenta de avaliação mais precisa em relação ao Índice de Massa Corporal (IMC) para a previsão de riscos relacionados a doenças cardiovasculares. A ênfase em métodos de avaliação eficazes ganha relevância quando se considera a associação desse índice com riscos cardiovasculares.
De acordo com o Journal of the American Heart Association, a utilização do Índice de Redondeza Corporal (BRI) em vez do Índice de Massa Corporal (IMC) pode representar uma abordagem mais eficaz para prever o risco de doenças cardiovasculares. Alguns estudos sugerem que o IMC pode não capturar precisamente as mudanças no corpo, especialmente aquelas relacionadas a alterações no tecido muscular e gorduroso. Em contrapartida, o BRI tende a oferecer um retrato mais completo da distribuição corporal, o que pode ser crucial para a previsão de riscos de doenças cardiovasculares.
Reavaliação dos Métodos de Avaliação Corporal
A busca por melhorias na detecção de riscos cardíacos levou os pesquisadores a reexaminar métodos de avaliação corporal. O Índice de Massa Corporal (IMC) é um dos mais utilizados, mas sua abordagem limitada pode levar a diagnósticos imprecisos. O IMC não diferencia gordura de massa muscular, nem considera a localização da gordura, o que pode resultar em diagnósticos menos precisos. Por exemplo, uma pessoa com musculatura desenvolvida pode ser considerada com sobrepeso pelo IMC, mesmo com baixos níveis de gordura visceral. O IMC, IMC, e gordura visceral são conceitos cruciais para entender a relação entre o corpo humano e a saúde. A gordura visceral é considerada a mais prejudicial, pois se acumula ao redor dos órgãos no abdômen.
Desenvolvimento do Índice de Redondeza Corporal
O Índice de Redondeza Corporal (BRI) surge como uma alternativa mais precisa. Ele combina a circunferência abdominal e a altura para medir a gordura visceral. Alguns dos principais benefícios do BRI incluem a capacidade de avaliar o formato do corpo e a gordura visceral, o que pode levar a uma melhor compreensão da saúde geral de uma pessoa. A medida do BRI é considerada mais preciso na detecção de riscos cardíacos em comparação com o IMC, pois ele leva em consideração a circunferência da cintura e a altura para calcular a gordura visceral.
Estudo Chinês e Resultados Promissores
Um estudo chinês realizado entre 2011 e 2020 acompanhou quase 10 mil adultos com mais de 45 anos. O estudo descobriu que pessoas com níveis mais altos de BRI apresentaram até 163% mais chances de desenvolver problemas cardiovasculares. A associação entre altos níveis de BRI e maior risco de ataques cardíacos e derrames permaneceu significativa, mesmo considerando outros fatores de risco. Além disso, o estudo sugere que a incorporação do BRI nas avaliações de risco cardiovascular pode melhorar a detecção precoce de pessoas com maior probabilidade de desenvolver doenças cardíacas.
Importância do Acompanhamento Contínuo do BRI
A medida do BRI pode ser uma ferramenta eficiente para monitorar o aumento gradual do risco cardiovascular ao longo dos anos. Isso pode permitir intervenções preventivas mais eficazes, como mudanças no estilo de vida, como dietas saudáveis e prática de exercícios. Além disso, o BRI pode ser usado como uma ferramenta complementar nas avaliações de risco cardiovascular, permitindo uma melhor compreensão da saúde geral de uma pessoa.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo