Corina Yoris foi selecionada pela PDU para disputar as eleições presidenciais do país contra o atual presidente em 28 de julho.
A Plataforma Democrática Unitária (PUD) anunciou Edmundo González Urrutia como candidato da oposição para disputar as eleições presidenciais contra Nicolás Maduro, marcadas para 28 de julho na Venezuela. González, ex-diplomata, foi escolhido depois que Corina Yoris foi barrada de concorrer nas eleições presidenciais, representando a esperança de mudança para a população venezuelana.
Opositor de Maduro, Edmundo González, é visto como uma alternativa promissora pela oposição, que busca uma liderança forte e comprometida com a democracia no país. A escolha de um candidato da oposição como González pode gerar um fôlego novo para a política venezuelana, tanto nacionalmente quanto internacionalmente.
Edmundo González é Escolhido como Candidato da Oposição nas Eleições Presidenciais do País
Em março, a Plataforma Democrática Unitária declarou que o ‘acesso ao sistema de inscrição’ da candidata Corina Yoris não tinha sido permitido. Yoris havia sido nomeada substituta de María Corina Machado, que, apesar de ter vencido as primárias da oposição em outubro, também teve sua inscrição impedida. Diante das negativas, lideranças opositoras acusam o governo de impor barreiras a candidaturas adversárias ao regime. O governo, por sua vez, nega veementemente tais alegações.
Antes de anunciar Edmundo González, a aliança da oposição ainda buscava encontrar um candidato de unidade para as eleições presidenciais do país. Somente agora, houve consenso para apoiar o nome dele, que já possuía um registro provisório desde março. A ratificação de González como candidato ocorreu estrategicamente um dia antes do prazo final para possíveis substituições, conforme estipulado pelo calendário eleitoral.
A carreira de Edmundo González é marcada por sua atuação como ex-diplomata, tendo ocupado o cargo de embaixador na Argélia entre 1991 e 1993 e também na Argentina durante os primeiros anos do governo de Hugo Chávez. Além disso, publicou diversos livros e, como membro da oposição, representou internacionalmente a Mesa Redonda da Unidade Democrática entre 2013 e 2015.
Considerado um candidato discreto, González enfrenta o desafio de tornar seu nome reconhecido entre os eleitores em um curto período de tempo, conforme apontam analistas políticos. ‘Ele é um candidato pouco conhecido. Seu desafio será justamente conquistar esse reconhecimento’, comentou Ricardo Rios, diretor da consultoria local Estrategia y Poder.
Além de sua experiência diplomática, Edmundo González também teve atuação nos bastidores do Ministério dos Negócios Estrangeiros nos anos 1990 e mais recentemente foi conselheiro de relações internacionais da coalizão opositora. Caracterizado como um profissional discreto e comprometido com convicções democráticas sólidas, González é elogiado por sua abrangente compreensão de questões internacionais, econômicas e políticas.
O líder da oposição, José Guerra, destaca que o ex-diplomata fala fluentemente francês e inglês, além do espanhol nativo, o que representa uma vantagem em termos de comunicação. ‘Ele é muito tolerante e um bom ouvinte’, afirmou Guerra, enfatizando que González enfrentará uma campanha desafiadora rumo às eleições presidenciais.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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