Homens solteiros e altamente educados são mais vulneráveis, mas variações culturais afetam sintomas, depressão e hábitos como álcool e tabagismo.
Um estudo recente publicado na revista científica Nature Human Behaviour chamou atenção para a relação entre o estado civil e a probabilidade de os indivíduos desenvolverem sintomas de depressão. De acordo com os dados coletados, é possível observar uma correlação significativa entre o estado civil e o risco de desenvolver sintomas de depressão.
Os pesquisadores encontraram que pessoas solteiras ou separadas correm um risco maior de desenvolver depressão em relação às pessoas casadas. As pessoas depressivas podem encontrar apoio em amigos, familiares e profissionais de saúde para lidar com a depressão. Além disso, a pesquisa também sugere que as pessoas depressivas podem beneficiar da terapia cognitivo-comportamental para ajudar a gerenciar os sintomas da depressão.
Efeitos da solteirice na saúde mental
Entre os mais de 20 mil indivíduos de diferentes países, foi observado que as pessoas não casadas apresentavam um risco de até 80% maior de desenvolver depressão em comparação com os casados. Além disso, os divorciados ou separados apresentavam um risco 99% maior de desenvolver sinais de depressão, enquanto os viúvos tinham 64% mais probabilidade. Esses resultados sugerem que a falta de relacionamento pode ser um fator de risco significativo para a depressão.
Fatores culturais e vulnerabilidade
A análise regional mostrou que as diferenças culturais desempenham um papel central na vulnerabilidade à depressão entre as pessoas solteiras. Em países ocidentais, como Estados Unidos e Reino Unido, a pressão para manter um status de relacionamento pode ser mais intensa e o apoio comunitário menos disseminado, o que pode aumentar o risco de depressão. Já em sociedades orientais, como Coreia do Sul e China, a solidão e o estigma social podem ser menos pronunciados, reduzindo o risco de depressão.
Associação entre hábitos de vida e depressão
O estudo também destacou que hábitos de vida como o consumo de álcool e tabagismo estão associados ao aumento do risco de depressão entre as pessoas solteiras em alguns países. Além disso, a falta de apoio emocional e a pressão financeira podem contribuir para a depressão. No entanto, é importante lembrar que a qualidade do relacionamento também é um fator essencial para a saúde mental.
Benefícios do casamento para a saúde mental
Os pesquisadores levantaram hipóteses para explicar os potenciais benefícios do casamento para a saúde mental. Entre as principais razões estão o suporte emocional contínuo que o parceiro oferece, o compartilhamento de responsabilidades que promove uma sensação de segurança e estabilidade, e o acesso a recursos econômicos que podem reduzir a pressão financeira. No entanto, é importante ressaltar que a qualidade do relacionamento também é um fator essencial e que a depressão pode afetar qualquer pessoa, independentemente do status marital.
Vulnerabilidade demográfica
Além disso, a análise mostrou que homens solteiros e pessoas com alta escolaridade são mais propensos a apresentar sintomas de depressão. Esses resultados sugerem que a vulnerabilidade à depressão pode ser influenciada por fatores demográficos e culturais. Portanto, é essencial abordar a depressão de forma multifacetada, considerando as necessidades de diferentes grupos e comunidades.
Fonte: @ Veja Abril
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