Felipão comanda a seleção nacional e conquista vice-campeonato europeu e quarto lugar na Copa do Mundo de 2004.
Na ocasião do mandato como técnico da Seleção Brasileira, Felipão, mais conhecido como Luiz Felipe Scolari, era o nome das vitórias. E foi justamente ele o responsável pela conquista do bicampeonato da Copa das Confederações de 2013. Em pleno ano de 2014, no entanto, abriu mão da seleção e se dedicou ao clube Atlético Mineiro. Na época, a equipe alcançou o título da Copa Libertadores da América.
Em 2019, Felipão foi novamente convidado para ser o técnico da Seleção Brasileira, em uma época em que o país ainda lutava para se classificar para o bicampeonato da Copa América. Com um elenco forte e experiente, a equipe alcançou o vice-campeonato, mas logo em seguida, perderia para a Argentina nos pênaltis, na partida final. A saída de Felipão aparentou ser inevitável, mas logo em seguida, ele seria convidado para assumir a seleção de outro país, em busca de conquistas e teses para a seleção.
Um Técnico Brasileiro que Mudou o Panorama da Seleção Portuguesa
Em novembro de 2002, Luiz Felipe Scolari foi contratado para comandar a seleção portuguesa, marcando o início de uma nova era para a equipe nacional. Com sua liderança, Felipão alterou a forma como o povo português via a seleção, transformando-a em uma força unificadora do país. Apesar da desapontadora vice-campeonato da Eurocopa de 2004, perdendo para a Grécia em casa, o treinador não perdeu a moral e continuou a trabalhar arduamente, levando Portugal ao quarto lugar na Copa do Mundo de 2006.
Essa conquista foi celebrada por seus torcedores, que o receberam com festa, demonstrando que Felipão havia conquistado os corações lusitanos. Costinha, que foi um dos principais jogadores durante o período de Felipão, relembrou essa época em uma entrevista ao ESPN.com.br: ‘Eu tenho Felipão no coração, é quase um paizão para mim. Uma relação muito forte, muito boa. Ele chegou em um momento em que Portugal teve realmente esse descalabro na Coreia e no Japão, uma seleção fortíssima. Nós tínhamos uma geração fantástica, a mesma geração que, em 2000, fez uma Euro fantástica.’
O técnico brasileiro, conhecido por sua personalidade forte e sua capacidade de inspirar o time, começou uma campanha popular antes da Eurocopa de 2004, pedindo aos torcedores que colocassem bandeiras nas varandas dos apartamentos. Esse gesto não apenas reuniu a torcida, mas também deu um sentimento mais nacionalista ao país. ‘E, com a personalidade dele, com a força dele, acaba por dar um sentimento mais nacionalista ao próprio país. Eu não me esqueço nunca da forma como ele pediu aos torcedores para colocarem as bandeiras nas varandas. O país foi de uma ponta à outra solidária com esse gesto, as pessoas reuniram-se em torno da seleção e começou a ver e a partir daí o verdadeiro apoio, na minha opinião, aquilo que era a causa da seleção nacional,’ relembrou Costinha.
A mudança de abordagem de Felipão também foi crucial para transformar a seleção em uma verdadeira equipe nacional. ‘Antes, ainda se via a seleção como os clubes. (Os torcedores) eram mais do Porto, ou mais do Benfica, ou mais do Sporting. E, neste momento, há o clube seleção nacional e foi uma onda que o Mister trouxe. E sou muito grato por isso. Foi importante,’ acrescentou Costinha.
Além disso, Felipão também ajudou a manter Portugal competitivo, apesar de ser um país considerado pequeno. Segundo o ex-meio-campista, o técnico brasileiro também tem uma parcela de ‘culpa’ nisso. ‘E Portugal, com tão poucos habitantes, tem tanta qualidade neste cantinho aqui no sul da Europa. Tem uma geração fantástica, com jogadores como o Deco, o Maniche, o Paulo Ferreira e o Ricardo Carvalho, que foram baseada em uma equipe do Porto que venceu a Europa League e a Champions League.’
Fonte: @ ESPN
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