A transição de Tóquio para Paris revela uma mudança drástica nas medidas sanitárias. Com uma abordagem mais permissiva, o vírus está presente nos Jogos.
A Olimpíada de Paris 2024 está atenta aos desafios impostos pela covid-19, buscando estratégias inovadoras para garantir a segurança de atletas e espectadores. Em contraste com as restrições rígidas adotadas durante os Jogos de Tóquio 2021, a organização está implementando medidas adaptadas à realidade atual da covid-19 no mundo. A prioridade é promover um ambiente seguro e saudável para todos os envolvidos no evento esportivo.
Em meio à pandemia do coronavírus, a Olimpíada de Paris 2024 destaca-se por sua abordagem proativa e responsável diante dos desafios de saúde pública. Com a evolução constante da situação global, a organização está preparada para ajustar suas estratégias conforme necessário, visando proteger a comunidade esportiva e minimizar os impactos da covid-19. A colaboração de todos é essencial para o sucesso do evento e a superação dos obstáculos impostos pela pandemia.
Abordagem Flexível na Olimpíada de Paris 2024 em Meio ao Cenário Epidemiológico
No ápice da pandemia, Tóquio encarou uma situação de extrema vigilância, com protocolos rígidos para garantir a segurança de todos envolvidos. As medidas abrangiam testes compulsórios, isolamento imediato de casos positivos e a ausência total de espectadores. Cada competidor que recebia resultado positivo era prontamente afastado das disputas. As restrições se aplicavam também aos treinadores e equipes de apoio, com uma redução significativa na presença de pessoas e um controle rigoroso de acesso às instalações. Adiado para o verão de 2021 devido à crise da covid-19, o evento olímpico japonês transcorreu sob uma nuvem de incertezas e desafios.
A decisão de realizar os Jogos foi marcada por um intenso debate, com quase 80% da população japonesa expressando incertezas sobre a viabilidade e segurança do evento. Mesmo assim, a competição ocorreu sem a presença de espectadores internacionais e com um rígido regime de testes e medidas sanitárias, que englobavam a proibição de público local em ginásios e estádios. Além disso, foi necessário um investimento significativo em medidas de segurança, totalizando cerca de 15,4 bilhões de dólares, incluindo 900 milhões destinados especificamente a medidas sanitárias. Três anos depois, com o término da emergência sanitária, a edição parisiense tem sido caracterizada por uma abordagem muito mais flexível.
Embora o vírus ainda esteja presente, inclusive entre atletas, a abordagem tem sido menos restritiva. A organização de Paris 2024 permitiu a presença de espectadores nas competições, em conformidade com o cenário epidemiológico. Mesmo atletas como Noah Lyles, que testou positivo para covid-19 após conquistar a medalha de ouro nos 100 metros, prosseguiram competindo. Nesta edição, a obrigatoriedade de testes regulares foi eliminada, e atletas infectados ainda participam dos eventos, refletindo uma tentativa de equilibrar a continuidade das competições diante de uma pandemia aparentemente controlada. No entanto, a vigilância deve persistir – dentro e fora dos quadros olímpicos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou um aumento nos casos em pelo menos 84 países, e a baixa cobertura vacinal pode contribuir para o surgimento de variantes mais perigosas. Tudo indica que a batalha contra o vírus continuará.
Fonte: @ Veja Abril
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