Ministro se opôs à proibição de temas de gênero em escolas públicas e particulares, defendendo proteção dos direitos fundamentais no Plano Nacional de Educação.
O ministro Edson Fachin, do STF, proferiu seu voto nesta sexta-feira, 21, defendendo a necessidade de combater a discriminação de gênero e sexual nas escolas públicas, sejam elas públicas ou particulares. O voto do ministro, relator do caso em questão, foi dado durante o julgamento virtual de uma ação iniciada em 2014, que buscava afirmar a obrigação de coibir essas práticas discriminatórias, assegurando que tal responsabilidade está prevista no Plano Nacional de Educação.
É fundamental que a sociedade como um todo se una contra qualquer forma de preconceito, exclusão e intolerância nas instituições de ensino, garantindo um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes. A decisão do STF reforça a importância de promover a igualdade e o respeito, combatendo ativamente qualquer tipo de discriminação que possa ocorrer no ambiente escolar. A educação é a chave para construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.
Discriminação: um tema crucial nas escolas públicas e particulares
No contexto do processo em questão, o PSOL levantou a questão da discriminação, argumentando que o combate a essa prática está contemplado no Plano Nacional de Educação, porém de maneira genérica. O ministro Fachin, ao analisar o caso, concordou com o partido e ressaltou a importância de tornar explícito o reconhecimento da proteção contra a discriminação.
A restrição aos direitos fundamentais relacionados à discriminação não deve apenas ser mencionada de forma explícita, mas também deve ser respaldada por argumentos sólidos que justifiquem tal medida. Segundo o entendimento do relator, tanto as escolas públicas quanto as particulares têm a responsabilidade de coibir discriminações com base no gênero, orientação sexual, além de combater o bullying e outras formas de discriminação machista e transfóbica.
O julgamento virtual desse caso teve início durante a madrugada e está previsto para se estender até o dia 28 de junho. O processo em questão é a ADIn 5.668, e é fundamental que se leve em consideração a importância de garantir a proteção contra todas as formas de discriminação no ambiente escolar.
Plano Nacional de Educação e proteção contra discriminação
O ministro Fachin, relator do caso, também se pronunciou sobre a necessidade de manter a decisão que suspendeu um artigo da lei de Blumenau/SC, que proibia o uso de expressões relacionadas à identidade de gênero nas escolas. Em 2019, Fachin considerou tal trecho da norma inconstitucional por limitar o debate sobre as diversas formas de expressão de gênero e sexualidade.
Durante o julgamento virtual desse caso, que está em andamento e tem previsão de encerramento em 28 de junho, os ministros estão analisando a decisão individual de Fachin. Ao reafirmar sua posição, o ministro ressaltou a importância do respeito à diversidade e pluralidade.
A convivência com as diferenças e a aceitação mútua são fundamentais para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e solidária, onde o bem-estar de todos seja promovido sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra forma de discriminação. O relator foi apoiado por Alexandre de Moraes e Flávio Dino nessa importante ação de proteção dos direitos fundamentais.
Processo em destaque: ADPF 462. É essencial que se fortaleça a luta contra a discriminação em todas as esferas, especialmente no ambiente escolar, visando garantir um espaço seguro e acolhedor para todos os estudantes.
Fonte: © Migalhas
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