Mineradora está 27% abaixo de sua máxima histórica, com desvalorização do minério de ferro. Novo diretor-presidente anuncia medidas para melhorar desempenho frente aos piores concorrentes.
Apesar da valorização recente, acompanhada da divulgação do novo diretor-geral, os papéis da Vale continuam 27% abaixo do seu pico histórico observado em 26 de janeiro de 2023, momento em que encerraram negociados a R$ 82,36.
Além disso, a gigante mineradora Vale vem buscando estratégias para retomar o crescimento após os desafios enfrentados no último ano, visando fortalecer sua posição no mercado e gerar valor para os acionistas. A trajetória da Vale reflete a volatilidade do setor de mineração, mas a empresa segue empenhada em superar obstáculos e alcançar novos patamares de sucesso.
Vale: Desempenho e Desafios da Mineradora
Ontem, as ações da Vale encerraram o pregão em R$ 59,30, refletindo a desvalorização do minério de ferro, que impacta todo o setor mundialmente. Essa conjuntura, somada a questões locais e políticas, contribuíram para um desempenho aquém das concorrentes internacionais. No acumulado de janeiro até o momento, os papéis apresentaram uma queda de 17,27%, apesar do aumento na produção e do lucro superior a 200% no segundo trimestre.
De acordo com o Valor 360, a maioria dos analistas recomenda a compra da ação, com um potencial médio de alta de quase 39%, atingindo R$ 82,30. Para a Vale recuperar sua posição de destaque, é crucial superar desafios como a sucessão do então presidente Eduardo Bartolomeo, as reparações pendentes do desastre em Mariana (MG) em 2015, a crise imobiliária na China que afeta a demanda e o preço do minério de ferro, e os problemas com a renovação de concessões de ferrovias.
Recentemente, a Vale anunciou a eleição de Gustavo Pimenta como novo diretor-presidente, sendo bem recebido pelo mercado. Pimenta, atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, é considerado um nome técnico que dará continuidade aos projetos da empresa. Essa escolha interna foi elogiada pelo relatório do Itaú BBA, que destaca a suavidade na transição e a limitação das mudanças na estratégia da companhia.
Em meio a rumores e incertezas, a Vale enfrentou momentos de estresse, como a possibilidade de Guido Mantega assumir a presidência, posteriormente negada. A renúncia e acusação de manipulação no processo sucessório pelo conselheiro José Luciano Duarte Penido também geraram turbulências. Após a escolha de Pimenta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as privatizações e cobrou as reparações do desastre de Mariana.
Segundo o banco Goldman Sachs, a nomeação de Pimenta é vista como a melhor escolha para a sucessão na presidência da Vale, alinhando a empresa para enfrentar os desafios e retomar seu crescimento. A Vale busca superar as adversidades e manter sua posição de destaque no mercado global de minério de ferro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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