Frente Comunitária Sul, narinense, anunciou ruptura com ELN (7/2021): dissidente fação, nova organização. Anteriores negociações, políticas, governos.
Uma fração do Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo rebelde colombiano, rompeu com a liderança central da organização, tornando-se a primeira facção dissidente da guerrilha. O governo da Colômbia oficializou nessa quarta-feira (8) a existência desse novo grupo como uma entidade autônoma. A Frente Comunitária Sul, atuante na região de Narino, comunicou na segunda-feira (7) sua separação do ELN, sendo prontamente confirmada por Pablo Beltran, líder da delegação de paz da guerrilha.
Essa cisão dentro do Exército de Libertação Nacional (ELN) destaca a complexidade das dinâmicas internas da rebelião colombiana. A dissidência da Frente Comunitária Sul evidencia as tensões e divergências no seio do grupo colombiano, apontando para possíveis desdobramentos no cenário político e social da região. A separação do ELN reforça a necessidade de diálogo e negociações para buscar soluções pacíficas em meio ao conflito armado no país.
Desafios na Política de Paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN) na Colômbia
A recente decisão do Exército de Libertação Nacional (ELN) de retirar a suspensão de sequestros levanta preocupações sobre o futuro das negociações políticas com o governo colombiano. A guerrilha colombiana, conhecida por sua postura rebelde, tem sido alvo de sanções dos EUA devido ao transporte de migrantes. No entanto, a quantidade de munição desaparecida na Colômbia foi consideravelmente menor do que inicialmente divulgado.
O gabinete do comissário de paz do governo colombiano anunciou que tratará o grupo de Narino como uma facção distinta e independente do ELN, com o qual mantém negociações políticas. Essa abordagem reflete a fragmentação do ELN, que pode ser um obstáculo para a política de paz total promovida pela administração do presidente Gustavo Petro, de acordo com analistas.
As tentativas de diálogo entre governos anteriores e o ELN, rotulado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, falharam devido às posições radicais do grupo, à sua estrutura de comando difusa e à dissidência em suas fileiras. A nova organização, denominada Frente Comunitária Sul, surge como uma força dissidente dentro do ELN, desafiando as negociações em andamento.
Diante desses desafios, os governos envolvidos precisam encontrar maneiras de lidar com a complexa dinâmica do ELN e suas facções dissidentes. A busca por uma solução pacífica para o conflito armado na Colômbia continua sendo uma prioridade, apesar dos obstáculos encontrados ao longo do caminho. A esperança de alcançar um acordo duradouro permanece, mesmo diante das incertezas que cercam o futuro das negociações com o ELN.
Fonte: @ CNN Brasil
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