Justiça paulista autorizou penhora de bens de Ciro: imóveis, juros e multas no processo de danos morais, liberdade de imprensa, Lava Jato. Arrombamento e delações permitidos, premios aos denunciantes. (149 caracteres)
Via @uolnoticias | A Justiça paulista determinou a penhora de bens do ex-governador Ciro Gomes (CE) e autorizou, em caso de necessidade, o arrombamento de sua casa e de outros imóveis de sua propriedade com uso de força policial. A decisão foi tomada pelo juiz Diego Ferreira Mendes em razão de uma dívida de cerca de R$ 33 mil de Ciro Gomes com o escritório de advocacia Fidalgo Advogados.
O escritório defendeu a editora Abril em um processo por danos morais aberto pelo ex-governador Ciro Gomes em 2018 contra a revista Veja e os jornalistas Nonato Viegas e Hugo Marques. Ciro Gomes perdeu a ação e foi condenado a pagar os honorários advocatícios dos representantes dos jornalistas. A situação financeira do ex-governador de CE parece complicada, levando a medidas extremas por parte da Justiça paulista.
Ciro Gomes: Ex-governador de CE é alvo de penhora de bens por processo de danos morais
Ciro Gomes, ex-governador de CE, viu-se envolvido em um processo que resultou na determinação de penhora de bens. O valor de R$ 33 mil inclui a atualização monetária, juros e multa devido ao não cumprimento da decisão judicial. O processo foi movido por Ciro contra a Abril, em decorrência de uma reportagem intitulada ‘O esquema cearense’, veiculada durante as eleições de 2018.
A matéria mencionava a investigação da Procuradoria da República sobre um suposto esquema de extorsão envolvendo empresários do Estado. Nela, um ex-tesoureiro do Pros, Niomar Calazans, implicava Ciro no caso, alegando que o político e seu irmão, Cid Gomes, teriam adquirido o controle do partido no Ceará por R$ 2 milhões durante as eleições de 2014.
Ciro contestou veementemente as acusações, classificando-as como ‘levianas, ofensivas e inverídicas’. Ele argumentou que a revista não possuía provas para respaldar tais alegações e que ultrapassou os limites da liberdade de imprensa ao manchar sua reputação de forma irresponsável.
Apesar dos argumentos apresentados, a Justiça não acatou a defesa de Ciro, considerando que a reportagem se baseava não apenas na entrevista de Niomar, mas também em delações premiadas da Operação Lava Jato. O ex-governador recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça, porém sem sucesso, já que o processo transitou em julgado.
Diante da resistência de Ciro em cumprir a obrigação da penhora de bens, o juiz Mendes autorizou o uso de força policial para a realização da medida em todos os endereços conhecidos do político. Ciro ainda tem a possibilidade de recorrer da penhora, reiterando seu compromisso em cumprir as determinações judiciais e defendendo que não agiu de forma a subverter o processo executivo.
A situação envolvendo Ciro Gomes destaca a complexidade das relações entre liberdade de imprensa, delações premiadas da Lava Jato e a responsabilidade na divulgação de informações. O desfecho desse caso servirá como um marco para futuros embates jurídicos envolvendo figuras públicas e a mídia.
Fonte: © Direto News
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