Empresa elétrica enfrenta queda de Ēólica geração no início do ano, anomalia de ventos baixa impacta capacidade trimestral, pior para nossas parques, lucro reverteu em prejuízo, regiãofora de época de chuvas.
Com chuvas abaixo da média, a AES Brasil enfrentou desafios no primeiro trimestre deste ano. As chuvas escassas impactaram diretamente o desempenho da empresa, levando-a a reverter lucro em prejuízo. No período em questão, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 102,4 milhões, em contraste com o lucro de R$ 60,4 milhões obtido no ano anterior.
A situação foi agravada pelas precipitações irregulares, que dificultaram as projeções de resultado da AES Brasil. As chuvas fora de época e em volumes abaixo do esperado contribuíram significativamente para o impacto negativo nos resultados financeiros. A empresa agora busca estratégias para lidar com as adversidades climáticas e manter a saúde financeira no próximo trimestre.
Impacto das chuvas fora de época nos parques eólicos da AES Brasil
A explicação da empresa por trás desses indicadores está, sobretudo, nas chuvas fora de época registradas no Nordeste neste ano, que causaram uma anomalia no comportamento dos ventos. Ao longo desses três meses, os ventos foram cerca de 15% mais baixos do que a média histórica na região dos nossos parques eólicos. Esse cenário teve uma influência direta na geração eólica do trimestre, segundo Rogério Pereira Jorge, CEO da AES Brasil, em teleconferência para analistas.
Impacto direto nos parques eólicos
Nosso maior impacto foi na geração de Alto Sertão II, na Bahia, que ficou 40% abaixo do volume gerado em 2023; e Salinas, no Rio Grande do Norte, que gerou 33% a menos. O fator de capacidade para o período, calculado em 28%, foi o pior visto nos últimos quatro anos. A região Sul, onde a AES opera um parque eólico em Cassino, foi a única que não sofreu com anomalias na capacidade de geração de ventos no primeiro trimestre deste ano.
Repercussões das chuvas na região
No Rio Grande do Norte, onde ficam Cajuína, Ventus e Salinas, as chuvas derrubaram por duas vezes a estrada BR-304 no município de Lajes, dificultando o acesso ao parque de Cajuína. A empresa tenta ver o ‘copo meio cheio’ e destaca que a baixa disponibilidade de ventos permitiu realizar manutenções nos parques eólicos durante o período, o que pode resultar em maior geração no segundo semestre, quando os ventos na região são mais fortes.
Aproveitando o cenário adverso
Com os ventos abaixo da média, a empresa antecipou algumas manutenções preventivas previstas para o segundo semestre, visando maior disponibilidade nos próximos trimestres. A safra ruim de ventos abriu uma janela de oportunidade para a AES realizar a manutenção de seus ativos, o que seria mais difícil em condições de ventania.
Desafios e oportunidades
Apesar das dificuldades, a geração de receita da AES com energia solar foi impulsionada pelo sol abundante no país durante o período. Pelo segundo trimestre seguido, houve 100% de disponibilidade, auxiliando na performance da empresa. A inauguração do parque solar AGV VII, em Ouroeste, interior de São Paulo, projetado para um investimento de R$ 133 milhões, reflete a busca da empresa por diversificação de fontes de geração de energia em face das adversidades climáticas.
Fonte: @ Info Money
Comentários sobre este artigo