Cerca de 10 mil indígenas beneficiados em 60 comunidades com novo centro de referência para estabilização e fortalecimento da assistência na saúde indígena.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reiterou a importância da promoção da saúde dos povos indígenas e destacou que o novo centro de referência em Surucucu (RR) representa um avanço significativo para a comunidade Yanomami. ‘Esse centro será essencial para garantir atendimento adequado e procedimentos médicos, como estabilização de pacientes e exames, evitando a necessidade de transferir os pacientes para Boa Vista’, afirmou a ministra.
A preocupação com o bem-estar dos indígenas é uma prioridade para o Ministério da Saúde, que busca fortalecer a assistência e a infraestrutura de saúde nas comunidades nativas. A implantação de centros como o de Surucucu é fundamental para melhorar o acesso aos serviços de saúde e garantir a qualidade do atendimento aos povos indígenas’, ressaltou Nísia Trindade.
Fortalecimento da Saúde Indígena: Novo Centro de Referência Yanomami
Estamos dando um passo extremamente significativo, é um momento histórico’, enfatizou. A declaração foi proferida nesta terça-feira (27), por meio da internet, durante o anúncio da construção do inovador centro de referência de saúde dos povos indígenas Yanomami. A ministra realizou um sobrevoo em Surucucu pela manhã. Contudo, devido às intensas chuvas, a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) não conseguiu aterrissar na região.
Nísia, durante o evento, reiterou que o investimento no bem-estar dos indígenas é uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ‘Estamos realizando um trabalho incansável liderado pelo presidente Lula. Não estamos trabalhando para o povo Yanomami, mas sim, lado a lado com o povo Yanomami’, concluiu.
A construção, parte de um acordo de cooperação técnica, contará com um investimento de R$ 23 milhões, sendo R$ 15 milhões provenientes do Ministério da Saúde e outros R$ 8 milhões da Central Única das Favelas (Cufa) e da ONG alemã Target Reudiger Nehberg. Aproximadamente 10 mil indígenas serão beneficiados em 60 comunidades do território. O novo centro de referência abrigará 54 profissionais de saúde.
No lançamento da pedra fundamental, nesta terça-feira, foram plantadas árvores no local. A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, que também participou via internet, destacou que a construção do novo centro é mais uma medida para combater a crise humanitária causada pelo garimpo ilegal. ‘Isso demonstra claramente o investimento na saúde indígena e contribuirá para o atendimento do povo Yanomami’, ressaltou.
Diversas personalidades participaram da cerimônia, incluindo o líder indígena Junior Yanomami; o presidente da Cufa, Preto Zezé; o representante da ONG Target Reudiger Nehberg, Bryan Reis; o coordenador do Distrito Sanitário Indígena Yanomami, Marcos Pellegrini, entre outros líderes.
O Polo Base Surucucu é o local onde foi oficialmente demarcado o Território Indígena Yanomami em 1992. Essa região é crucial para a preservação da cultura e da saúde das comunidades indígenas locais. A ministra Nísia Trindade esteve presente com lideranças de saúde indígena da área. (Foto: divulgação/MS)
Investimento na Saúde Indígena: Compromisso com o Bem-Estar dos Povos Nativos
Serão realizadas reformas e ampliações nas estruturas físicas já existentes, adaptando-as às necessidades de atendimento e aos padrões de qualidade estabelecidos, bem como aos programas de necessidades apresentados por profissionais de saúde que atuam na unidade.
Adicionalmente, serão erguidas novas construções para abrigar profissionais de saúde, refeitório e cozinha, proporcionando condições de trabalho e acolhimento aprimoradas aos usuários.
Também serão implementados sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e tratamento de resíduos, assegurando a segurança e a higiene do ambiente, além de equipar o Centro de Referência com os recursos materiais e tecnológicos necessários para a prestação de serviços de saúde de qualidade.
Para evitar a interrupção dos atendimentos, foram construídos alojamentos temporários para pacientes por meio da Sesai. O Exército e a ONG Médicos Sem Fronteiras disponibilizaram barracas e tendas de atendimento.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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