Nota oficial: Entidade reafirma compromisso com liberdade, pluralidade e direito à autoexpressão, combatendo preconceitos e promovendo a expressão de gênero.
Um dia após o lateral Yan Couto afirmar que teve que mudar o visual na seleção canarinho com a justificativa de que o estilo era ‘meio estranho’, a CBF emitiu um comunicado oficial. Sem mencionar diretamente as declarações do jogador, a entidade responsável pelo futebol no país negou qualquer tipo de veto e destacou o ‘compromisso com o bom futebol’. Além disso, reiterou seu compromisso na luta contra a discriminação no esporte.
Em meio às polêmicas, a CBF reforçou sua gestão baseada na liberdade e na valorização da diversidade, destacando a importância do respeito mútuo e da aceitação de diferentes formas de expressão. A entidade enfatizou a necessidade de um ambiente inclusivo e igualitário, onde cada indivíduo possa se sentir à vontade para ser autêntico e verdadeiro consigo mesmo.
Compromisso com a diversidade e gestão inclusiva
Para a entidade, a dedicação do colaborador é um indicativo claro de seu compromisso. O compromisso da CBF vai além do campo de jogo, envolvendo a promoção do bom futebol e as melhores práticas de gestão. É fundamental que cada colaborador ou atleta tenha liberdade e autonomia para expressar sua própria identidade, seja ela relacionada à aparência, crença, orientação sexual ou expressão de gênero.
Desde o início da gestão atual, a CBF tem se destacado por sua luta ativa contra o racismo e qualquer forma de preconceito no futebol. A entidade mantém parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol e o coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, demonstrando seu compromisso em tornar o futebol brasileiro um ambiente mais inclusivo e livre de preconceitos.
A importância do compromisso com a diversidade foi evidenciada recentemente nas palavras de Yan Couto. Em uma entrevista ao canal de YouTube da jornalista Yara Fantoni, o lateral-direito do Girona revelou ter sido aconselhado a não pintar o cabelo de rosa enquanto estiver representando a seleção brasileira. Mesmo sem mencionar a origem do pedido, Couto afirmou ter acatado a ‘ordem’ e optado por não tingir seu cabelo de rosa quando convocado para vestir a camisa do Brasil.
O jogador explicou que a cor rosa foi associada a uma imagem de ‘vacilão’, o que motivou a recomendação de evitar seu uso. Embora tenha discordado internamente da solicitação, Couto decidiu respeitar a orientação recebida. Ele ressaltou que, apesar de não concordar, optou por acatar o pedido em respeito à equipe.
É fundamental lembrar que Yan Couto ganhou destaque ao jogar com o cabelo pintado na Espanha – a escolha da cor foi uma forma de agradar sua irmã, que aprecia a tonalidade. O jogador enfatizou sua disposição em atender à solicitação da seleção brasileira, afirmando que, mesmo discordando, optou por retirar o rosa de seus cabelos.
Os próximos desafios da seleção brasileira incluem confrontos contra Costa Rica em 24/06 às 22h (de Brasília), Paraguai em 28/06 às 22h (de Brasília) e Colômbia em 02/07 às 22h (de Brasília) – todos válidos pela Copa América. O compromisso e a determinação dos jogadores em campo refletem não apenas suas habilidades esportivas, mas também seu compromisso com valores como liberdade, gestão inclusiva e luta contra o preconceito.
Fonte: @ ESPN
Comentários sobre este artigo