Guilhermo Catramby depôs no segundo dia de audiências para ouvir as testemunhas de acusação sobre o homicídio de Ronnie Lessa.
O inspetor da Polícia Civil Carlos Alberto declarou que ficou surpreso com a falta de detalhes no procedimento conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro durante as investigações do caso de homicídio da vereadora Marielle Franco (PSOL). ‘Ao iniciar a revisão dos documentos enviados para nós, alguns aspectos nos chamaram a atenção, como questões que permaneciam sem resposta quase cinco anos após o crime, como, por exemplo, qual foi a rota de fuga dos responsáveis?’, disse o inspetor.
Além disso, o investigador ressaltou a importância de aprofundar a investigação para esclarecer lacunas e garantir justiça. ‘É fundamental que continuemos a buscar respostas e a seguir todas as pistas disponíveis para desvendar esse caso complexo’, enfatizou Carlos Alberto.
Trabalho realizado pela Polícia Civil na investigação do homicídio
Catramby mencionou que, nos registros analisados pela Polícia Federal, a Polícia Civil do Rio de Janeiro havia adquirido registros visuais de câmeras de segurança a uma distância de apenas 450 metros da rota de fuga. De acordo com o delegado, os responsáveis pelo assassinato poderiam ter sido identificados com maior agilidade se toda a rota tivesse sido mapeada pela polícia. Não foram obtidos registros visuais da rota de fuga dos perpetradores. Portanto, não foi possível determinar qual trajeto foi seguido. Atualmente, é de conhecimento que esse trajeto levaria à residência de Ronnie Lessa, o que permitiu a identificação rápida dos perpetradores. Esta declaração foi feita durante o depoimento prestado pelo delegado por videoconferência no segundo dia de audiências para ouvir as testemunhas de acusação na ação penal aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os acusados de serem os mandantes e participantes do assassinato.
Novas informações sobre a investigação do homicídio de Marielle Franco
Na sexta-feira (19), a Polícia Federal incluiu um relatório adicional sobre a obstrução das investigações no caso Marielle Franco. O relatório indica que os delegados da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa e Giniton Lages, deixaram de buscar registros visuais de câmeras de segurança que seriam cruciais para a investigação. Durante o depoimento, o delegado reiterou que já havia mencionado em seu relatório final sobre as investigações. Além disso, ele resumiu os interesses fundiários dos irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos. De acordo com o relatório apresentado pela Polícia Federal, uma das motivações para o assassinato da vereadora foi sua oposição a um projeto de lei relacionado à regularização fundiária de interesse político e econômico dos Brazão na região.
Fonte: @ CNN Brasil
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