A CUBE.Inc é um refúgio para quem prefere o rooftop em casas térreas, em vez da varanda gourmet em apartamentos.
Em meio ao cenário urbano de São Paulo, é possível observar casas de concreto e aço que representam o avanço do progresso. Essas casas altas e imponentes refletem o desenvolvimento da cidade, impulsionado pelo Plano Diretor e pela busca por novas casas no mercado imobiliário. A verticalização da capital paulista é coordenada por incorporadoras e investidores que buscam atender às demandas por novas casas.
Além dos prédios luxuosos, a cidade de São Paulo também abriga diversas residências e habitações que fazem parte do cotidiano de seus moradores. Essas diversas formas de moradias contribuem para a diversidade arquitetônica da metrópole, mostrando que a verticalização não se resume apenas aos edifícios altos, mas também às diferentes opções de casas disponíveis na região.
Progresso nas Casas: O Avanço das Residências em São Paulo
Caminhando na contramão deste movimento, a CUBE Inc se propõe a ser um refúgio para quem deseja trocar a varanda gourmet dos apartamentos pelo rooftop das casas térreas. Fundada em 2017, a incorporadora desenvolve condomínios horizontais em bairros nobres de São Paulo. Ao invés do apartamento, a empresa aposta na venda de casas que vão de 90 m² a 470m².
Desde o lançamento, a CUBE entregou 11 empreendimentos e tem outros três em construção. Cada um destes projetos abriga de 7 a 15 unidades residenciais e os imóveis custam de 2 a 6 milhões de reais. Um destes empreendimentos é o CUBE Áurea, um condomínio construído na Rua Áurea, na Vila Mariana, zona Sul de São Paulo. Entregue em 2022, o projeto possui 11 casas de 145 a 275 m².
Todas as unidades contam com 2 quartos, 2 banheiros e 2 vagas de garagem. ‘São casas padronizadas, mas personalizáveis. Se o morador quiser transformar a garagem em um salão com churrasqueira, ele pode’, garante Octávio Moreira, CEO da CUBE.
Octávio Moreira, CEO da CUBE, diz que já recusou o aporte de investidores porque deseja manter ar artesanal dos empreendimentos. Ele conta que a ideia surgiu quando trabalhava com incorporação na construtora Gafisa e enxergou uma oportunidade: os terrenos que eram rejeitados pelas grandes empresas.
‘Adquirimos terrenos que ninguém quer, pois são problemáticos’, afirma. ‘São terrenos que estão perto de vilas e o Plano Diretor proíbe construções altas ou terrenos que possuem casas tombadas, por exemplo’, enumera o executivo.
O CUBE Campo Belo é um destes casos. ‘O condomínio foi construído em um terreno de 1.500 m² que uma grande construtora tinha desistido de comprar porque ele ficava dentro de uma vila e existia um gabarito de altura que proibia a construção de prédios altos’, exemplifica Octávio.
Desta forma, a companhia celebra a entrega de 115 unidades e um VGV (Valor Geral de Vendas) total de 251 milhões de reais – cerca de R$ 22 milhões por empreendimento.
Ainda que os terrenos em que os condomínios são construídos não interessem às grandes empresas, eles não são espaços fáceis de encontrar ou mesmo baratos. É por isso que a CUBE aposta em um modelo de permuta para tentar driblar os altos preços. Foi assim que adquiriu um terreno de 500 m² no Itaim Bibi que pertencia ao arquiteto Benedito Abbud.
‘Em troca do terreno, ele ganhou três casas no condomínio e os imóveis estão alugados no momento’, esclarece Octávio. Apesar da exceção, os imóveis construídos no CUBE não são exatamente atrativos para investidores. ‘Eles vão preferir comprar apartamentos pequenos próximos a universidades e hospitais, por exemplo. Com o dinheiro de uma só casa dá…
Fonte: © Estadão Imóveis
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