Domingo, TV Brasil: abertura, política, manifestações, termos: populares, período anteirores, AI-5, ato institucional, redemocratização, inflação, milagre econômico, recepção (Município de Abreu e Lima), autogestão, Democracia, Corinthians, pauta das diretas, aliados. Abertura: política, manifestações, AI-5, ato institucional. Período anterior: redemocratização, inflação, milagre econômico. Recepção: município de Abreu e Lima, autogestão, Democracia, Corinthians, pauta das diretas, aliados. Tema: populares, políticas, anterior ao AI-5.
O especial Caminhos da Reportagem, apresentado pela TV Brasil neste domingo (28), às 22h, comemora quatro décadas de uma das maiores iniciativas cívicas que o Brasil já testemunhou: as Diretas Já!. Nesse programa exclusivo, serão compartilhadas narrativas de indivíduos conhecidos e desconhecidos, durante a transição política, e suas considerações acerca da consolidação da Nova República, um marco na história do país.
A discussão sobre as eleições diretas para presidente da República continua relevante até os dias atuais, reacendendo o espírito de luta e mobilização representados pelas Diretas Já!. É fundamental relembrar o movimento em prol da democracia e da participação popular, pois a busca por uma sociedade mais justa e transparente deve permanecer constante, como um legado para as gerações futuras, sempre com foco na importância das diretas para presidente.
Diretas Já! Movimento por eleições diretas para presidente
O ano de 1984 ficou marcado por intensas manifestações populares no Brasil, remontando ao período anterior ao AI-5, o ato institucional que desencadeou uma dura repressão durante a ditadura civil-militar (1964-1985). Nessa conjuntura, surgiu o ápice da campanha Diretas Já!, exigindo a volta das eleições diretas para presidente da República. Abril foi o mês emblemático, com milhares de brasileiros participando dos comícios na Candelária, no Rio, e Anhangabaú, em São Paulo.
A abertura política, embora lenta, gradual e segura, teve início no governo Geisel (1974-1979), com a revogação do AI-5 e a anistia aos perseguidos políticos no governo Figueiredo (1979-1985). No entanto, a redemocratização do país parecia ainda um horizonte distante. A inflação alta, que atingiu 160% ao ano em 1983, minava o poder de compra do cruzeiro, moeda vigente, e punha fim ao suposto ‘milagre econômico’ dos anos 70.
As primeiras manifestações por eleições diretas surgiram em Abreu e Lima, município de Pernambuco, recém-emancipado e com cerca de 50 mil habitantes. Lá, os vereadores Reginaldo Silva e Severino Farias enfrentaram o medo da repressão em um comício com aproximadamente 100 pessoas, até mesmo planejando rotas de fuga para evitar possíveis detenções.
Com o passar do tempo, as manifestações ganharam força e aliados em defesa das diretas. Líderes de diversos partidos, artistas, intelectuais e até esportistas se uniram ao movimento. O jogador Walter Casagrande Jr, do Corinthians, vivenciava a autogestão no clube, conhecida como Democracia Corinthiana desde 1982. Casagrande e outros atletas aderiram às diretas, usando o amarelo como símbolo em meio às restrições do uniforme do time.
Outra figura que se juntou à campanha Diretas Já foi a atriz Lucélia Santos, também reconhecida por seu trabalho na novela A escrava Isaura. Sua participação no movimento despertou atenção do Serviço Nacional de Informações, órgão de vigilância da ditadura, devido à sua atuação como militante. Lucélia destacou a diversidade de pessoas envolvidas, incluindo artistas como Christiane Torloni e Maitê Proença, que se dedicaram à causa em prol da democracia.
Fonte: @ Agencia Brasil
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