Montadora chinesa fatura bilhões, mas guerra de preços reduz margem bruta e impacta estrutura de produção verticalizada.
Na disputa pelo mercado de carros elétricos, a BYD tem sido uma forte concorrente da Tesla, com os dois gigantes enfrentando os desafios de oferecer receita sustentável e reduzir os custos de produção. A vitória da BYD na disputa simbólica com a Tesla é um sinal de que o mercado de carros elétricos está se tornando cada vez mais competitivo.
A empresa chinesa, que vendeu mais de 150 milhões de veículos elétricos em todo o mundo, obteve uma grande fatia de mercado nos últimos anos e o montante de receita da empresa ultrapassou os bilhões de reais. Com a expansão da indústria de carros elétricos, a BYD tem se tornado uma das líderes no setor e sua receita continua em alta.
Receita Recorde: BYD Supera Tesla em Receita Trimestral
A maior montadora chinesa, BYD, alcançou uma receita trimestral superior a da Tesla, confirmando sua posição como líder no mercado. No entanto, a empresa enfrenta desafios, como a guerra de preços, que afeta sua rentabilidade. A receita da BYD chegou a 201 bilhões de yuans (US$ 28,2 bilhões), superando o faturamento da Tesla no mesmo período.
A receita da BYD aumentou 24% em relação ao mesmo período do ano passado, mas a margem bruta recuou para 21,9%. Embora a BYD tenha uma estrutura de produção verticalizada, que lhe permite desenvolver componentes internamente, como baterias e chips, a guerra de preços na China afeta sua lucratividade. A BYD possui uma margem bruta superior à de sua rival chinesa Zeekr e à da Tesla.
A empresa enfrenta desafios em outros mercados, como os Estados Unidos, onde o governo anunciou tarifas de 100% sobre os carros elétricos. Além disso, a União Europeia decidiu aplicar uma tarifa extra de 17% sobre a importação de veículos da BYD pelos próximos cinco anos, alegando que o governo da China oferece subsídios excessivos para as montadoras.
A expansão internacional da BYD também enfrenta obstáculos. No Brasil, a montadora assumiu o complexo industrial que pertencia à Ford em Camaçari, na Bahia, com previsão de investir R$ 3 bilhões. No acumulado do ano até setembro, a BYD registrou 51,2 mil veículos emplacados, o que representa 3,74% do mercado brasileiro de automóveis.
A guerra de preços não é apenas uma questão chinesa, pois afeta o lucro operacional das joint ventures chinesas da Volkswagen, que pode atingir a parte mais baixa das faixas de previsões para 2024. A BYD consegue contornar essa situação graças à sua estrutura de produção verticalizada e sua capacidade de desenvolver veículos com autonomia de quase 2 mil quilômetros.
Em resumo, a BYD alcançou uma receita trimestral recorde, mas enfrenta desafios na guerra de preços e na expansão internacional. A empresa continua a ser uma das principais montadoras chinesas, com uma estrutura de produção verticalizada e uma margem bruta superior às de suas rivais.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo