O Brasil desce posições com reduções de juros, mantendo uma das maiores taxas do mundo, em meio à expectativa de inflação.
Depois da Selic interromper a queda nesta quarta-feira (19), o Brasil permanece em quarto lugar no ranking de países com os maiores juros, que descontam a expectativa de inflação. A taxa brasileira é de 7,2%. A Turquia lidera o ranking, com juro real de 16,3%. Logo atrás está a Rússia, com 8,6%, e em seguida vem o México, com 7,4%.
No cenário internacional, as taxas básicas de juros têm sido um tema de destaque, com diversos países buscando equilibrar suas economias. O Brasil, com sua taxa de juros em 7,2%, segue atento às movimentações globais. A comparação com outras nações mostra a importância de manter um controle eficaz das taxas para garantir a estabilidade econômica.
Países do G-20 e suas Taxas de Juros
A compilação, realizada pelo Valor Data, com informações do Boletim Focus do Banco Central, da B3 e da Trading Economics, destaca as taxas de juros em diversos países, considerando o G-20, composto por 19 nações e pela União Europeia. Esses países representam aproximadamente 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Comparação de Taxas de Juros em Países Menos Desenvolvidos
É interessante observar que países menos desenvolvidos apresentam taxas de juros mais elevadas em comparação com nações como Turquia, Rússia, México e Brasil. Essa disparidade reflete a realidade econômica dessas regiões.
Ranking das Taxas Básicas de Juros
O ranking das taxas básicas de juros dos países, divulgado recentemente, coloca o Brasil em destaque. O cálculo considera um derivativo negociado na B3, levando em conta a expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos 12 meses.
Posicionamento dos Países no Ranking de Juros Reais
Em quinto lugar, Indonésia e Reino Unido estão empatados, com uma taxa de 3,7%. Na sexta posição, África do Sul e Arábia Saudita também empatam, apresentando juros reais de 3,5%. Os Estados Unidos seguem, com uma taxa de juros de 3,4% acima da inflação.
Brasil e sua Política de Juros
O Brasil se destaca como o primeiro país da América Latina a aumentar os juros, visando controlar a inflação. Entre março de 2022 e maio de 2023, o Brasil manteve a liderança em termos de juros reais dentro do grupo analisado. No entanto, assim como outros países latino-americanos, o Brasil começou a reduzir suas taxas após um período de cortes consecutivos.
Decisões do Banco Central Brasileiro e Expectativas Futuras
Após oito cortes seguidos, o Banco Central brasileiro optou por manter a Selic em 10,50% ao ano. De acordo com o Boletim Focus mais recente, a expectativa é que as taxas permaneçam nesse patamar ao longo do ano. A continuidade dos cortes de juros no Brasil está atrelada às decisões dos países mais desenvolvidos, especialmente dos Estados Unidos, que influenciam o fluxo de recursos globalmente.
A percepção geral é de que os cortes de juros nos Estados Unidos serão mais moderados do que o inicialmente previsto, o que impacta diretamente as decisões de política monetária em outros países. A expectativa é de um cenário mais estável, com possíveis ajustes nas taxas de juros ao longo do ano.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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