Peso do Brasil no índice MSCI deve subir 14% com inclusão de listagens de instituições financeiras estrangeiras.
O fornecedor de índices MSCI divulgou ontem as alterações em sua revisão do índice de ações globais para setembro. As mudanças, que terão efeito a partir do dia 2, devem elevar a representatividade do Brasil no índice de mercados emergentes, de acordo com especialistas do Bank of America (BofA).
Essa atualização reflete o crescimento e a relevância do Brasil como um dos principais atores no cenário global. O país continua a atrair investidores e a se consolidar como um destino estratégico para aplicações financeiras.
Brasil: Inclusão de Ações Estrangeiras no Índice
A inclusão de listagens estrangeiras de ações brasileiras no índice do Brasil nesta revisão é um marco significativo. A entrada de cinco instituições financeiras brasileiras listadas em Nova York – Nubank, XP, Stone, PagSeguro e Inter – promete impulsionar o Brasil dentro do índice, atualmente em 4,6%, para um aumento estimado de 14%.
Essas ações combinadas representarão cerca de 13% do índice MSCI Brasil. O Nubank, com um peso próximo a 10%, se destaca como uma das principais empresas no índice brasileiro, potencialmente superando Vale e Itaú. No entanto, a Petrobras manterá sua posição como a maior empresa no índice, com aproximadamente 15% de participação.
A adição das ações estrangeiras não só elevará a avaliação do índice do Brasil, mas também impactará o índice Preço/Lucro. Atualmente negociado a 7,3 vezes os lucros acumulados em 12 meses, espera-se que o novo MSCI Brasil se aproxime de 8 vezes os lucros acumulados após o rebalanceamento. Nubank (25x), XP (11x), Stone (10x), PagSeguro (10x) e Inter (14x) são os destaques nesse cenário.
Todas as cinco listagens estrangeiras a serem adicionadas pertencem à categoria financeira, o que impulsionará o peso das financeiras no MSCI Brasil de 27% para 37% após o rebalanceamento. Além disso, a inclusão da Embraer e a exclusão da Renner no índice, juntamente com a remoção da Eneva devido à revisão de sua quantidade de ações em negociação, são movimentos estratégicos que moldarão o cenário do mercado brasileiro nos próximos períodos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo