Bruna Alexandre faz história com medalhas de bronze nas duplas femininas classe 5 para atletas cadeirantes, ao lado de Danielle Rauen, Claudião e Luiz Manara.
O Brasil brilhou mais uma vez nas Paralimpíadas, garantindo mais duas medalhas de bronze nas duplas do tênis de mesa em Paris.
Os atletas brasileiros mostraram todo seu talento e dedicação na competição paralímpica, elevando o nome do país nos Jogos Paralímpicos de Paris.
Brasileiras conquistam medalha de bronze nas Paralimpíadas
Depois do terceiro lugar de Joyce Oliveira e Catia Oliveira nas duplas femininas da classe 5 (para atletas cadeirantes), Bruna Alexandre e Danielle Rauen repetiram o resultado nas duplas da classe 20 (para atletas andantes), assim como Claudio Massad e Luiz Manara na 18 (também para andantes).
Quinta medalha de Bruna em Jogos Paralímpicos
Neste sábado, as brasileiras perderam a semifinal para as australianas Lei Li Na e Yang Qian por 3 sets a 0 – parciais de 11/8, 11/9 e 12/10 em 24 minutos. As adversárias são as atuais vice-campeãs paralímpicas e confirmaram o favoritismo. Como não há disputa de terceiro lugar no esporte, as brasileiras ficaram com o bronze.
– A gente estava muito bem, mas elas botaram uma bola a mais na mesa. O sentimento é de alergia e de dever cumprido. Tínhamos o objetivo de chegar ao pódio. Treinamos muito as duplas, e deu resultado hoje. Estou muito feliz de estar aqui. Espero cada vez mais evoluir – disse Bruna Alexandre.
Bruna Alexandre: uma história de superação nas Paralimpíadas
Bruna fez história há três semanas ao se tornar a primeira brasileira a disputar as Olimpíadas e Paralimpíadas. Ela agora tem no currículo cinco medalhas paralímpicas, uma prata e quatro bronzes.
Aos seis meses de vida, Bruna foi submetida à amputação do braço direito por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. A atleta de 29 anos começou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão.
Danielle Rauen: persistência e dedicação nas Paralimpíadas
Já Dani, descobriu, aos quatro anos de idade, que sofre com artrite reumatóide juvenil – doença que causa atrofia nos músculos e degenera articulações – e passou a controlar com medicação. Começou a jogar tênis de mesa na escola, aos nove anos, com pessoas sem deficiência. Essa é a terceira medalha paralímpica de Dani, todas de bronze.
Apesar da derrota em sets diretos, as brasileiras fizeram um jogo equilibrado em todas as parciais. Chegaram a liderar o placar no primeiro set, mas as australianas foram mais precisas na reta final da parcial: 11/8. O roteiro se repetiu no segundo set: 11/9. No terceiro set, Lei e Yang abriram boa vantagem, mas Bruna e Dani reagiram, chegaram a salvar dois match points, mas novamente as australianas levaram a melhor: 12/10.
– A gente sabia que seria um jogo difícil. Vencemos elas neste ano, mas elas colocaram uma bola a mais na mesa. Foi um jogo disputado. Foi muito no detalhe. São duas jogadoras que atacam muito, a gente fez nosso melhor. Treinamos muito para isso. Ficamos chateadas porque queríamos vencer, mas deixamos nosso melhor na mesa.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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