O Dia Mundial de Chagas destaca a meta do Programa Brasil Saudável para combater doenças tropicais negligenciadas em populações vulneráveis.
O Dia Mundial da Doença de Chagas é uma data importante para conscientizar sobre a importância da prevenção e do tratamento dessa doença. Com 115 anos de descoberta, a doença ainda apresenta desafios significativos para a saúde pública em diversas regiões do mundo. A saúde pública deve continuar investindo em pesquisas e ações para combater a Doença de Chagas e garantir o bem-estar coletivo da população afetada, promovendo assim uma maior qualidade de vida.
É fundamental que a sociedade em geral esteja engajada na promoção da saúde pública e no cuidado com as doenças negligenciadas, como a Doença de Chagas, visando o bem-estar coletivo e a melhoria da qualidade de vida de todos. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável e sustentável para as gerações presentes e futuras, priorizando sempre a saúde pública e o acesso igualitário aos serviços de saúde.
Iniciativas em prol da saúde pública e bem-estar coletivo
A partir deste ponto, a enfermidade ganhou uma abordagem renovada: com a implementação do programa Brasil Saudável, a doença de Chagas passou a ser encarada como um alvo para eliminação como uma questão de saúde pública no país até 2030. O Brasil foi pioneiro ao lançar uma política governamental com foco na eliminação ou redução, como desafios de saúde, de 14 doenças e infecções que afetam, de maneira mais severa, as populações que estão sujeitas a ciclos de pobreza, fome e desigualdades sociais, sendo a doença de Chagas uma delas. O programa Brasil Saudável reúne 14 ministérios, incluindo o da Saúde, em uma cooperação para propor políticas públicas interdisciplinares voltadas para a equidade em saúde e para a redução das desigualdades, o que está diretamente relacionado às origens do problema e vai além da simples oferta de tratamento.
Dia Mundial Chagas e desafios das doenças tropicais negligenciadas
Estima-se que aproximadamente 7 milhões de pessoas ao redor do mundo estejam infectadas pelo Trypanosoma cruzi, o parasita causador da doença de Chagas, com uma alta incidência de casos na América Latina. Anualmente, são registrados cerca de 30 mil novos casos na região, resultando em aproximadamente 14 mil óbitos. Além disso, cerca de 70 milhões de indivíduos vivem em regiões de risco, susceptíveis a contrair a infecção. Diversos elementos, como a degradação ambiental, mudanças climáticas e condições socioeconômicas, contribuem para a propagação da doença, ressaltando a importância de ações efetivas de saúde pública.
Artigos Relacionados
Abordagens governamentais e impacto nas populações vulneráveis
Em esforços para monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde relacionadas à doença de Chagas, o Ministério da Saúde introduziu em janeiro de 2023 o formulário de Chagas Crônica no sistema e-SUS Notifica. Esse sistema online, desenvolvido durante a pandemia de covid-19, tem sido aprimorado continuamente para atender às necessidades de vigilância em saúde. Além disso, em relação ao tratamento, o ministério renovou a aquisição de aproximadamente 1 milhão de comprimidos de benznidazol em 2023, com um contrato inicial de 170 mil unidades, além do processo de compra de 810 mil, permitindo ampliar o acesso ao medicamento essencial para o tratamento da doença.
Investimento em pesquisa e desenvolvimento
No campo da pesquisa, projetos como o ‘Cuida Chagas’ e o ‘Integra Chagas’, financiados pelo Ministério da Saúde, buscam expandir o acesso ao diagnóstico e tratamento da enfermidade, com repasses significativos de recursos financeiros, como os R$ 20 milhões destinados ao ‘Cuida Chagas’ e quase R$ 6 milhões ao ‘Integra Chagas’. Ademais, o estímulo à pesquisa sobre a doença tem sido enfatizado, com mais de 220 estudos financiados desde 2002, em 75 instituições diversas, totalizando um investimento de R$ 85,7 milhões. Esse investimento é essencial para avanços na compreensão e tratamento da doença de Chagas, demonstrando um comprometimento com a saúde pública e o bem-estar coletivo.
Fonte: @ Ministério da Saúde
Comentários sobre este artigo