Monitoramento detecta fenômeno marinho em Pernambuco e Sergipe envolvendo Biofábrica de Corais e Algas zooxantelas, essenciais para a fotossíntese em esqueletos calcários.
Recentemente, tem se observado um aumento preocupante no fenômeno de branqueamento de corais em diversas regiões do mundo, incluindo os recifes localizados no nordeste do Brasil. As equipes do Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene) e seus colaboradores estão atentos aos impactos dessa situação, buscando entender e combater os efeitos danosos desse processo.
O branqueamento dos corais é um fenômeno que pode resultar em desbotamento e descoloração dos recifes, levando à sua palidez e fragilização. É essencial que sejam implementadas medidas de proteção e conservação para preservar a biodiversidade marinha e evitar maiores danos aos ecossistemas costeiros. A conscientização e ações práticas são fundamentais nesse contexto, visando garantir a saúde e a biodiversidade dos ambientes recifais.
Ocorrência de Branqueamento de Corais preocupa pesquisadores
De acordo com o coordenador do Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste, Leonardo Messias, nos últimos dias foram observados casos de branqueamento em algumas espécies ao longo das praias de Tamandaré (PE) e Sergipe.
O Programa Ecológico de Longa Duração Tamandaré Sustentável, em conjunto com a Biofábrica de Corais, divulgou recentemente a identificação de branqueamentos em sua área de reintrodução de corais, localizada em Porto de Galinhas (PE). Além disso, pesquisadores estão monitorando a situação em outros locais, como Abrolhos, Atol das Rocas e Fernando de Noronha.
Alerta global para o Branqueamento de Corais
Messias ressalta que a possibilidade de um novo episódio de branqueamento em escala global foi prevista pela Noaa, agência de meteorologia dos Estados Unidos, no início deste ano. Esse fenômeno é desencadeado pelo aumento da temperatura dos oceanos. O aquecimento dos mares leva os corais a expelirem as algas zooxantelas, essenciais para sua sobrevivência.
Quando os corais perdem essas algas, sua coloração original é substituída pela palidez característica do esqueleto calcário, o que pode resultar em morte. Por meio da fotossíntese, as zooxantelas fornecem nutrientes cruciais aos corais. Sem essa simbiose, os corais conseguem resistir por um tempo limitado, porém ficam mais suscetíveis a doenças e riscos de mortalidade.
Impactos do Branqueamento na Biodiversidade Marinha
Messias destaca que algumas espécies são mais suscetíveis ao branqueamento do que outras. Infelizmente, a ação local para combater esse fenômeno é limitada, já que o aquecimento dos oceanos é um problema global, intensificado pelas mudanças climáticas. A progressiva morte dos recifes coralíneos resulta na perda de biodiversidade marinha, afetando não apenas a vida marinha, mas também atividades como a pesca e a proteção da costa.
No entanto, esforços estão sendo feitos para garantir a preservação dos corais, incluindo a proteção de áreas recifais, a reprodução assistida de indivíduos e sua reintrodução nos ambientes marinhos. A conscientização e ações em prol da conservação dos recifes são essenciais para a manutenção da saúde dos ecossistemas marinhos.
Fonte: © TNH1
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